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Gunstar Heroes (Game Gear) – tiroteio frenético em 8 bits

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Já jogou Gunstar Heroes no Mega Drive?

Para todo fã do console, este é indiscutivelmente um dos melhores jogos de plataforma já criados, trazendo muita ação, diversão e vários níveis de dificuldade para aqueles que adoram desafios no estilo Contra.

Algo que é necessário frisar aos gamers é o curto legado que Gunstar Heroes deixou no mundo dos jogos, pois a sucessão desta pérola do Mega Drive é pouco conhecida, mesmo tendo quebrado recordes por todo o mundo. Uma rápida passagem da família Gunstar pelo Game Gear aconteceu em 1995 e será eternizada aqui no Jogo Véio, pois, mesmo que tenha se espalhado apenas nos lares nipônicos, é um jogo capaz de fazer muito marmanjo tupiniquim chorar de emoção.

M2 ao trabalho!

Rendendo o prêmio de melhor jogo de ação do ano de 1993 aos desenvolvedores da Treasure, Gunstar Heroes recebeu uma versão portátil em seguida. A responsabilidade de “simplificar” o jogo foi dada à empresa M2, que estava engatinhando na época e hoje é conhecida por portar vários clássicos da Sega a outros consoles, como o 3DS.

A tarefa não foi nada fácil, pois o jogo original destaca-se pela mecânica impecável e gráficos apaixonantes que o hardware do Mega Drive proporcionava. Para uma versão portátil, dezenas de modificações deveriam ser feitas sem prejudicar o gameplay. Não é que a M2 se superou!

Em 24 de março de 1995, Gunstar Heroes foi lançado em versão 8 bits exclusivamente no Japão, fazendo a alegria da molecada que não queria saber de Game Boy ou Pokémon, e sim de Sonic the Hedgehog e companhia.

Diferenças entre 16 e 8 bits

A trama do jogo continua a mesma: o império quer dominar o mundo e cabe aos irmãos Red, Blue, Green e Yellow defender o planeta. Green é vítima de lavagem cerebral e será seu inimigo nessa jornada. Você terá que derrotar os tenentes, Smash Daisaku (que assemelha-se a M. Bison de Street Fighter) e até mesmo encarar o robô Golden Silver no fim da sua aventura.

A primeira diferença notável é a qualidade gráfica e sonora, que até dispensa explicações tratando-se de uma versão portátil de Gunstar Heroes. Pode-se inclusive dizer que os 8 bits do Game Gear foram muito bem aproveitados, pois os gráficos assemelham-se muito com os originais (dentro do possível). Não é uma diferença exorbitante como acontece com outros ports da Sega, como o próprio Sonic, que não possui absolutamente nada em comum entre as versões de Mega Drive e Game Gear.

A mecânica e o gameplay continuam quase a mesma coisa. Você notará apenas um pouquinho mais de lentidão nos movimentos e algumas animações que foram cortadas, provavelmente para economizar espaço no cartucho. Na versão de 8 bits não há como jogar com dois players simultâneos, algo que seria incrível para um jogo desse nível.

As outras principais diferenças estão em algumas fases que precisaram ser adaptadas. Na segunda fase, ao invés de andar em pequenos veículos terrestres adaptados pelo professor, você usará um jetpack e voará livremente por todo o cenário. Você também não lutará com as transformações de Green nos desafios de scrolling vertical da tela (Tails, Eagle e Urchin Force). Você tampouco jogará na fortaleza de Black e seus jogos maquiavélicos, mas em compensação poderá dar uma volta em alguns dos robôs imperiais mais descolados. A tela que mostra os tenentes observando o avanço dos personagens também não está presente nesta versão (o que é uma pena, pois era um barato olhar o rosto assustado dos inimigos esperando a hora deles chegar).

Uma pitada de arte nipônica

Como sempre, a arte das capas dos jogos sempre possuem algumas características regionais. Diferenças podem chegar a ser gritantes entre jogos lançados na América do Norte e no Japão. Confira a diferença da capa de Gunstar Heroes para o Mega Drive/Genesis:

Eu prefiro a versão japonesa. E você?

Para alguns, a arte japonesa sempre será apaixonante. O manual de Gunstar Heroes para Game Gear traz os personagens do jogo em um estilo único de desenho que vale a pena ser conferido.

É uma pena esta pérola do Game Gear jamais ter chegado ao ocidente. Deve ser tarefa dificílima achar uma cópia deste jogo em algum lar ocidental.

Tão iguais e desiguais

Pois é, caro leitor. As versões de Mega Drive e de Game Gear de Gunstar Heroes são tão parecidas que podem fazê-lo pensar que não vale a pena conhecer este Made in Japan; porém, ao mesmo tempo, cada um dos consoles possui suas particularidades que fazem este clássico valer a pena. Umas boas horas de jogatina em cada um deles nunca será desperdiçada.

Mesmo que sua preferência seja aquele portátil com display preto e branco da concorrência cheio de monstros de bolso, separe algumas horas para conferir esta obra prima em cores com uma bela mecânica da Sega. Não importa se você é fã de Mario ou Sonic, pois Gunstar Heroes sempre será uma ótima opção.

Teste suas habilidades nos diferentes consoles e deixe sua opinião nos comentários.

Gosta de Game Boy Advance? Não perca o próximo review da série com Gunstar Super Heroes.

Vídeo

Gunstar Heroes (Game Gear) – Gameplay (Fonte: World of Gameplays)

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Lucas Rodrigues

Gamer desde que tem memórias de sua infância, a paixão pelos videogames iniciou-se no Mega Drive e teve seu ápice no PS1 com os JRPGs (a franquia Final Fantasy foi a protagonista). Trabalha como analista de sistemas e designer de jogos. Possui mestrado em Imagem e Som em andamento pela Universidade Federal de São Carlos, onde desenvolve pesquisas sobre o mercado independente de jogos brasileiros. Sempre escolheu o Squirtle como pokémon inicial e possui alinhamento Neutral Good.

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