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Marvel vs Capcom fecha a trilogia de crossovers com chave de ouro

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Depois de X-Men vs Street Fighter (1996) e Marvel Super Heroes vs Street Fighter (1997), a Capcom já estava craque em mesclar os seus personagens e os super heróis dos quadrinhos para criar excelentes jogos de luta.

A fórmula das batalhas em dupla, bem como os especiais que ocupavam mais da metade da tela, tudo isso já havia se tornado uma bela de uma marca registrada da série, restando apenas acrescentar a velocidade acelerada dos combates e um elenco escolhido a dedo para fechar o pacote. E que elenco!

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Marvel vs Capcom: Clash of Super Heroes encerrou a trilogia original de crossovers com chave de ouro, melhorando todos os aspectos dos títulos anteriores, a começar pela trama. Em vez de simplesmente tirar um boss qualquer da cartola, eis que surge Onslaught (Massacre, em português), um super vilão nascido a partir das frustrações do Professor Xavier e da essência maligna de Magneto. Inspirado no arco dos quadrinhos lançado em 1996, Onslaught foi o antagonista de uma super saga que envolveu quase todos os títulos da Marvel na época, causando um imenso rebuliço na timeline de diversos personagens famosos. Transportar essa essência para o jogo certamente ajudou a engrossar o caldo, mesmo que a trama ainda seja pouco explorada e rasa. Pelo menos agora temos um vilão de verdade, né?

Jin? Captain Commando? Sem Akuma?

O rol de personagens de MvC é bastante diversificado, principalmente pelo lado da Capcom. Em vez de ter apenas lutadores extraídos de Street Fighter, abriu-se espaço para que outras franquias também pudessem participar da festa. Desse modo, Mega Man, Strider Hiryu, Morrigan, Captain Commando e Jin Saotome passaram a fazer parte do cast, sendo os dois últimos os menos conhecidos da parada. Captain Commando, até aquele momento, havia sido apenas o protagonista de um título beat ‘em up, além de algumas pontas aqui e ali. Jin, por outro lado, veio diretamente de Cyberbots, jogo de luta envolvendo mechas, que é muito bom por sinal. Ainda temos Ryu, Chun-Li e Zangief, honrando os Street Fighters.

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Pelo lado da Marvel, tivemos as estreias do simbionte Venom e do War Machine (que é o Homem de Ferro com sprites recoloridos), além de Spider-Man, Wolverine, Hulk e Captain America.

A exemplo de Marvel vs Street Fighter, MvC também tem alguns personagens secretos que podem ser habilitados através de códigos na tela de seleção de personagens. O curioso aqui é que um deles tem sprites próprios, em vez de ser apenas uma versão turbinada de um outro lutador: Roll, a ‘irmã’ de Mega Man, fez aqui a sua estreia nos jogos de luta, mesclando alguns golpes de Mega e outros originais. Os outros são: Golden War Machine, Hyper Venom, Lilith, Orange Hulk e Shadow Lady.

Personagens chave como Cyclops, Ken e Akuma foram deixados de lado. Entende-se que por terem estilos de luta similares, os caratecas foram limados em prol de uma maior diversidade entre os lutadores. Para compensar, é possível transformar Ryu gastando 1 level da barra de especial, de modo que ele se comporte como Ken ou Akuma, herdando todos os golpes e especiais de cada um.

Para completar a salada de frutas, tivemos ainda a adição do sistema de strikers, que trazia mais de 20 opções diferentes de ajudantes que podiam fazer pequenas participações durante os combates. Suas aparições estavam limitadas a um número de vezes, sendo que cada striker tinha um limite diferente. Personagens de destaque como Colossus, Magneto, Storm e Juggernaut foram alguns dos lutadores que se limitaram a participar como ajudantes.

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A princípio essa escolha de strikers acontecia de maneira aleatória, mas com o tempo descobriu-se que apertar diferentes botões durante a tela de seleção influenciava no processo. Mais pra frente, aprendemos inclusive a escolher os strikers secretos Sentinel e Shadow (Charlie).

Essa diversidade de personagens e franquias agradou tanto os fãs que a série mais tarde ganhou continuações ainda mais complexas e generosas com relação ao elenco. Marvel vs Capcom 2 contabilizou nada menos que 57 personagens jogáveis, um recorde na época.

Jogabilidade melhorada

Uma das preocupações da Capcom em MvC claramente foi como recriar a experiência dos títulos anteriores, mas sem aquela sensação de ‘mais do mesmo’. Por isso, não bastassem os personagens novos e os strikers, tivemos ainda a criação de uma modalidade nova de ataque especial baseada em uma barra de tempo. Ao gastar dois níveis da barra de especial, você invoca o seu segundo lutador e consegue controlar os dois ao mesmo tempo por um período limitado, mas com especiais infinitos. Ou seja: vira um Deus nos acuda sem tamanho.

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Chama a atenção também o fato de que o nível de dificuldade do jogo parece maior, principalmente quando chegamos nas últimas duplas, e mais ainda se tiver que encarar Hulk ou Zangief pela frente. Duas bofetadas bem dadas e você pode perder até 50% do life de um dos seus personagens (ou dos dois, se você estiver com azar). Se tiver que encarar Jin ou Strider Hiryu, melhor estar preparado para levar alguns combos de 8 ou 10 hits na fuça, quase sempre indefensáveis.

O chefão final Onslaught também curte uma apelação, já que ele possui duas formas diferentes de combate. Na primeira, menor, ele se utiliza de padrões bobos de ataque, mas que causam bastante dano. Além disso, ele é capaz de invocar clones dos outros personagens para lutar em seu lugar. Já a forma final, que é bem grande, possui ataques poderosos e apelativos, além de um maldito “raio da morte” (eu sempre chamei assim) que é praticamente One-Hit-KO. Exige bastante cautela por parte do jogador.

Considerações finais

Os finais são aquela lenga-lenga dos títulos anteriores: cenas estáticas com algum texto sem muita profundidade, só pra não fechar em branco mesmo.

Visualmente, o jogo é ainda mais bonito que os anteriores. Os sprites de personagens seguem a mesma fórmula estilizada de Street Fighter Alpha e afins, com pés e mãos grandes, cabeça pequena, visual cartunesco, etc. Contudo, os cenários parecem ainda mais vivos que nos dois títulos anteriores, com uma paleta de cores muito mais sóbria, como se a luta dessa vez fosse interplanetária, decidindo o destino do universo. Essa sensação vem dos cenários, cheios de aparatos tecnológicos e projeções.

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Como um jogo visto de maneira individual, Marvel vs Capcom é excelente, à altura do frisson que causou na época do seu lançamento, em 1998. A sua maior força, no entanto, se mostra quando o comparamos com outros títulos da época, inclusive os da própria Capcom: rápido, colorido, cheio de combos simples, mas longos o bastante para exigir cautela máxima do jogador em uma partida de dois.

Suas continuações foram boas, principalmente MvC2, que foi uma espécie de Dream Match da franquia, com um sem fim de personagens para todos os gostos. MvC3 já não foi tão impressionante assim, embora permaneça até hoje entre os favoritos da galera, além de uma das principais atrações da EVO.


Vídeos

MshvSf – Longplay – (Fonte: NormLP’sA&F)


Dicas

Personagens secretos:

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Red Venom: Vá para a tela de seleção de personagens e coloque o cursor sobre a Chun-Li. Então aperte direita, baixo (x4), esquerda, cima (x4), direita (x2), baixo (x2), esquerda (x2), baixo (x2), direita (x2), cima (x4), esquerda (x2), cima. Red Venom estará acima da Chun-Li.

Orange Hulk: Vá para a tela de seleção de personagens e coloque o cursor sobre a Chun-Li. Então aperte direita (x2), baixo (x2), esquerda (x2), direita (x2), baixo (x2), esquerda (x2), cima (x4), baixo(x2), direita (x2), cima (x2), baixo (x4), cima (x4), esquerda, cima. Orange Hulk estará acima do Ryu.
Lilith: Vá para a tela de seleção de personagens e coloque o cursor em Zangief. Então aperte: esquerda (x2), baixo (x2), direita (x2), cima (x2), baixo (x4), esquerda (x2), cima (x4), direita, esquerda, baixo (x4), direita (x2), cima (x4), esquerda (x2), baixo (x4), direita, baixo. Lilith irá aparecer logo abaixo de War Machine.

Roll: Vá para a tela de seleção de personagens e coloque o cursor em Zangief. Então aperte esquerda (x2), baixo (x2), direita (x2), baixo (x2), esquerda (x2), cima, direita, cima (x2), direita (x2). Roll irá aparecer logo à direita do Mega Man.

Gold War Machine: Vá para a tela de seleção de personagens e coloque o cursor em Zangief. Então aperte esquerda (x2), baixo (x2), direita (x2), baixo (x2), esquerda (x2), cima (x4), direita (x2), esquerda (x2), baixo (x4), direita (x2), cima (x2), esquerda (x2), baixo (x2), direita (x2), cima (5). O Gold War Machine estará logo acima do Zangief.

Shadow Lady: Vá para a tela de seleção de personagens e coloque o cursor em Morrigan. Então aperte cima, direita (x2), baixo (x4), esquerda (x2), cima (x4), direita (x2), esquerda(x2), baixo (x2), direita (x2), baixo (x2), esquerda (x2), cima (x2), direita (x2), cima (x2), esquerda(x2), baixo (5). Shadow Lady estará embaixo do Gambit.


Galeria de cenários


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Eidy Tasaka

Redator e diagramador freelancer, apaixonado por jogos e revistas antigas, incentivado por um pai que sempre nutriu os mesmos vícios. Fã de RPGs japoneses e jogos de plataforma, divide seu tempo entre o Jogo Véio e as poucas horas de sono que possui.

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