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Marvel vs Street Fighter (Multi) dá sequência a excelente série de crossovers da Capcom

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Com o sucesso de X-Men vs Street Fighter, não havia motivo para não dar sequência a série de crossovers envolvendo os personagens da Capcom e do Universo Marvel. Os sprites já estavam praticamente todos prontos, importados diretamente de outros jogos da empresa. Só seria necessário ajustar a jogabilidade e rebalancear todo o elenco, algo que a Capcom tirou de letra.

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O que era bom, ficou melhor

Marvel Super Heroes vs Street Fighter repete a fórmula que consagrou o título anterior: combates em dupla, magias que cobrem metade da tela e personagens de peso de ambas as companhias, mas com algumas melhorias.

A primeira delas é que o elenco deixou de ter apenas os mutantes X-Men e passou a agregar os personagens da Marvel de uma maneira mais ampla. Dessa forma, personagens não tão conhecidos do público como Blackheart e Shuma-Gorath, além de outros lutadores de destaque como Hulk, Capitão América e Homem-Aranha ganharam espaço e deram mais recheio ao elenco de MshvSf. Já pelo lado dos World Warriors entraram Dan e Sakura, mas saíram Cammy e Charlie. A versão japonesa tem ainda o personagem Norimaro, um otaku de primeira categoria que usa figures, livros e esquadros para atacar.

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A trama é pobre e pouco desenvolvida, como boa parte dos jogos de luta da Capcom. Apocalypse, que era o chefe final no título anterior, volta agora como um sub-chefe, enquanto a batalha final acontece contra uma versão ciborgue de Akuma — Cyber Akuma para os americanos, ou Mech-Gouki para os japoneses. Rápido, forte e com projéteis teleguiados, essa versão melhorada de Akuma usa e abusa de ataques especiais, inclusive do Shun-Goku-Satsu (o famoso “apaga-a-luz”).

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Uma outra novidade dessa versão é a presença de alguns personagens secretos, que na verdade são apenas releituras de personagens do jogo, com leve alterações de coloração e stats. A exceção à regra é Dark Sakura, que parece ter sido dominada pelo Satsui-no-Hadou, herdando alguns ataques de Akuma.

Confira abaixo a lista de personagens de MshvSf:

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Pelo lado dos Street Fighters: Zangief, M. Bison, Dhalsim, Sakura, Akuma, Chun-Li, Ken, Ryu e Dan;

Pelo lado da Marvel: Cyclops, Spider-Man, Captain America, Shuma-Gorath, Wolverine, Hulk, BlackHeart e Omega-Red;

Os secretos: Dark Sakura, Mega Zangief, Mephisto (Blackheart vermelho), Metal Armor Spider-Man, Shadow Charlie, US Agent (Captain America cinza).


Curiosidade: Esse é o único título de toda a franquia que não tem a presença de Magneto. Ryu, Wolverine, Chun-Li e Zangief são os únicos que participaram de todos os jogos.

Competente e divertido

O sistema de luta permanece inalterado, apenas com a adição do Team Attack, onde você pode chamar o personagem reserva para fazer um ataque, ideal para a construção de longos combos, ou como contra-ataque.

A possibilidade de trocar de personagem durante a luta, inclusive no meio de um ataque adversário (gastando um level de especial) permanece inalterada, tal e qual os ataques especiais e os especiais duplos.

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A exemplo de X-Men vs Street Fighter, MshvSf também foi portado para Saturn e PlayStation, com larga vantagem para a versão da Sega, que com seu cartucho de expansão de 4MB conseguiu manter o sistema de tag e todos os frames do original. Essa versão ficou restrita ao mercado japonês.

O port para o console da Sony, por outro lado, foi completamente capenga, sem o sistema de batalhas em dupla (a menos que ambos os lutadores utilizassem o mesmo time) e usando o formato de batalhas em rounds. Fora isso, alguns frames foram removidos, tudo para deixar o jogo mais leve e não comprometer sua performance.

Os gráficos seguem a mesma linha de cores vibrantes e detalhadas, com destaque para os cenários que, inclusive, têm participação especial de vários personagens das companhias.

A trilha sonora varia entre faixas excelentes (os temas do Captain America, Ken e Sakura, por exemplo) e outras que são meio genéricas, mas que não comprometem o jogo em nada. Não são ruins, mas com certeza não são tão marcantes quanto as que citei logo acima (ouça nos links abaixo).

Considerações finais

O intervalo de tempo entre os três primeiros crossovers da Marvel e da Capcom foi de apenas um ano, entre 1996 e 1998. Essa trinca de jogos excelentes serviu para construir um legados dos jogos de luta com sistema de tag battle, além de nortear os títulos futuros da Capcom, que curtiu a ideia de fazer crossovers e se uniu, mais adiante, à SNK, Tatsunoko e Namco.

Esse talvez seja o menos impactante dos jogos da franquia, mas que não deve ser ignorado de maneira alguma. Vale até hoje as suas fichas!


Vídeos:

MshvSf – Todos os Especiais – (Fonte: AcidGlow)


 


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Eidy Tasaka

Redator e diagramador freelancer, apaixonado por jogos e revistas antigas, incentivado por um pai que sempre nutriu os mesmos vícios. Fã de RPGs japoneses e jogos de plataforma, divide seu tempo entre o Jogo Véio e as poucas horas de sono que possui.

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