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Sonic Chaos (Master System) está em um nível abaixo dos títulos anteriores, mas ainda diverte

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Sonic Chaos é aquele tipo de jogo “ame-o ou deixe-o”, já que investe em um caminho bem diferente dos dois aclamados títulos anteriores do ouriço para o Master System. Tudo, desde o visual até o ritmo das fases sofreu mudanças drásticas, de modo a deixá-lo mais parecido com os jogos do Mega Drive em alguns pontos, mas ao mesmo tempo sem se identificar com nenhuma outra aventura de Sonic.

No lugar das fases mais lentas, Sonic Chaos investe em alguma velocidade, dentro das possibilidades do que o Master System pode oferecer, é claro. A prova cabal de que a ideia é dar outro ritmo está no fato de Sonic poder usar o spin dash livremente, diferente de Sonic 1 e Sonic 2. Além disso temos muito mais monitores espalhados pelas fases e a possibilidade de controlar Tails pela primeira vez em um console 8 bits. Só que diferente do Mega, não é possível controlar os dois heróis de maneira simultânea, por questões de hardware.

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A história é a mais simples possível e até deixa um pouco a desejar: Robotnik surrupiou a esmeralda vermelha e isso causou uma certa instabilidade entre as pedras restantes. Sobrou para Sonic o resgate da esmeralda e derrotar o velho bigodudo mais uma vez, só que agora com a ajuda de Tails.

Mas… Vale a pena?

As fases são bem coloridas e cheias de caminhos alternativos, sem muita decoreba ou conceito de certo ou errado. Em qualquer beco que você se enfiar, vai dar pra chegar no fim da fase. Talvez leve mais tempo ou te renda uma quantidade maior de argolas, mas aí só na base da tentativa e erro até descobrir qual é a rota mais eficiente e divertida para seguir.

Todas as fases são divididas em três atos, sendo os dois primeiros fases normais e o último apenas para lutar contra um capanga-robô de Robotnik. Com um nível de desafio bem baixinho, lutar contra os chefes não tem nada de desafiador, já que é possível coletar argolas antes de entrar em combate, diferente dos jogos anteriores em que você chegava lá “pelado”. Com isso, a luta acaba se tornando apenas uma mera formalidade, com nível de dificuldade baixo e sem exigir muito jogador. Diga-se de passagem, essa questão de ser fácil demais se estende ao jogo como um todo.

Eis a listinha dos mundos de Sonic Chaos:

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Turquoise Hill Zone: Já virou tradição a primeira fase se passar em uma colina verdejante, cheia de vegetação e com um belo céu azul. A turquesa, assim como a esmeralda (de Emerald Hill, de Sonic 2 para Mega Drive), é uma pedra verde. Sendo assim, é como se todas essas fases fossem releituras de Green Hill.


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Gigalopolis Zone: Uma fase noturna, pra variar um pouquinho. Dá pra correr bastante, tomando cuidado apenas com os inimigos que aparecem do nada e com as pontes traiçoeiras.


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Sleeping Egg Zone: Essa fase é um pouquinho mais louca que o normal, como você pode perceber pelo padrão de estampas do cenário.


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Mecha Green Hill Zone: De longe a fase mais inspirada de todo o jogo. É a nossa clássica Green Hill, mas toda mecanizada. Árvores robóticas e passagens secretas que abrem rotas alternativas estão espalhados por todos os lados.


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Aqua Planet Zone: Sonic sem uma fase em ambiente aquático, não é Sonic! Aquele velho esquema de sempre: caminhe com cautela, mate os inimigos sem se afobar e vá coletando as bolhas de ar pelo caminho. Tem que ter paciência e perseverança!


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Eletric Egg Zone: Última fase do jogo, cheia de trolagens e tubos que podem levá-lo diretamente para a morte.


Em Sonic Chaos as argolas têm um peso maior, já que as esmeraldas do caos não estão mais escondidas nos cenários, e sim em fases bônus que só podem ser acessadas caso você complete o ato com mais de 100 argolas.

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Em alguns momentos você vai se deparar com um monitor diferente, o Rocket Boot, capaz de fazer Sonic voar por alguns segundos para chegar até as plataformas mais altas e conseguir mais argolas. Curiosamente, apenas Sonic tem a capacidade de usar as Rocket Boots, talvez para compensar o fato de que Tails consegue levantar pequenos vôos ao girar suas duas caudas no formato de uma hélice de helicóptero. As tais fases bônus, inclusive, acontecem com Sonic calçado com as Rocket Boots, enquanto Tails… Bem, Tails não pode pegar as esmeraldas, o que é bem bizarro.

Considerações finais

Quando eu era bem moleque, ficava louco para alugar Sonic Chaos por dois motivos bem simples: poder jogar com o Tails e usar o spin dash, habilidade até então exclusiva dos jogos de Mega Drive. A trama em si é meio fraca, os sprites do Sonic não têm aquele acabamento legal dos jogos anteriores (ele ficou meio cabeçudo) e até o level design peca em alguns momentos, deixando as fases lentas e cansativas demais.

Pra quem só tinha o Master System e estava seco por novas aventuras do ouriço, Sonic Chaos até que serviu, mesmo estando um nível abaixo dos demais jogos. Com o perdão do trocadilho, esse jogo acabou sendo meio… caótico!


Vídeos:

Sonic Chaos (Longplay) – (Fonte: World of Longplays)


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Picture of Eidy Tasaka

Eidy Tasaka

Redator e diagramador freelancer, apaixonado por jogos e revistas antigas, incentivado por um pai que sempre nutriu os mesmos vícios. Fã de RPGs japoneses e jogos de plataforma, divide seu tempo entre o Jogo Véio e as poucas horas de sono que possui.

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