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Review: Boo! Greedy Kid

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Essa semana trago aos véios e véias o review de um game que tem jogabilidade de um fliperama. Mas com uma opção curiosa que traz novas formas de jogar. Vamos lá!

Origem e História

Segundo sua descrição, o estúdio Flying Oak Games fica situado em uma floresta secreta no nordeste da França e foi de lá que eles começaram a desenvolver seus games. Composto por apenas duas pessoas, eles têm na bagagem alguns jogos como NeuroVoider e Dead End. E recentemente, nos trouxeram Boo! Greedy Kid. O game começou como um projeto na Global Game Jam de 2013. Esse evento reúne desenvolvedores em vários lugares do mundo para fazer maratonas de criação de games. Depois do evento, seus criadores decidiram por dar continuidade ao projeto e transformá-lo em um game completo.

A história não poderia ser mais simples: você joga com um garoto pirracento que é viciado em refrigerante. Ele não mede esforços para obter sua bebida sagrada e fará de tudo para consegui-la. Sua especialidade é assustar as pessoas e pegar o dinheiro delas para sustentar seu vício.

Apresentação

O trabalho visual de Boo! Greedy Kid é todo feito em pixel art. Personagens que mesmo sem falar, transbordam personalidade, fazem parte do game, que também conta com uma paleta de cores vibrante. Os menus com fontes grandes e poucas opções te levam sem enrolação direto para a ação.

A trilha sonora e os efeitos são simples e eletrizantes, casando com o gameplay. O jogo como um todo tem cara de arcade. Não tem introdução, os controles são fáceis e as músicas grudentas. Dá para imaginar uma máquina de Boo! Greedy Kid ao lado de outras clássicas, como Donkey Kong e Pac-Man. E veja bem, isso não é uma crítica, é um elogio.

Gameplay

O jogo conta com 100 cenários diferentes e o objetivo em todos eles é sempre o mesmo: arrancar dinheiro das pessoas para comprar refrigerante. Depois de passar por todos, que na verdade são andares de um prédio, você chega à cobertura, onde verá o final do jogo.

Mas a tarefa não é tão simples assim, mesmo quando se trata de assustar pessoas idosas. Para o seu susto ser eficaz, você tem que se aproximar pelas costas. E alguns personagens, ao invés de se assustarem, vão ficar irritados e sair correndo atrás de você, exigindo mais uma tentativa. Para driblar os mais exaltados, você pode dar um rolamento e sair da frente do caminho até que eles se acalmem ou se esconder atrás de relógios, dentro de armários e outros lugares que o cenário tem para oferecer.

Para dificultar um pouco mais, temos ainda as enfermeiras, que ressuscitam as pessoas que morreram de susto e os policiais que vão fazer de tudo para te pegar e dar um fim ao seu reinado de bullying com os mais velhos. Tá fácil? Temos ainda as forças especiais, que é tipo a SWAT do jogo e também o Robocop. Robocop? Bem, se não é ele, é bem parecido. A questão é que você tem uma barra de energia no estilo de Zelda, com 3 corações. Cada golpe que você leva da polícia ou das pessoas enfurecidas que assustou, te tira um coração. Menos o Robocop. Esse aí, meu amigo, quando te acerta, você morre explodindo e só fica uma poça de pixels vermelhos no lugar. Explodindo ou zerando a barra de energia, você tem que recomeçar o cenário.

Ao fim de cada nível, você ganha uma classificação de acordo com o tempo demorado e o dinheiro que conseguiu. Para aqueles que gostam de fazer 3 estrelas sempre, vai ter um bom desafio pela frente.

O maior diferencial, é como você pode interagir com o game. Por padrão, você usa a tecla Q para dar seus sustos e liberar a grana, mas você também pode usar seu microfone. Isso aí, se você tiver um microfone conectado ao computador, ao invés de apertar algum botão, você pode simplesmente gritar. Gritar, xingar, cantar uma música, tanto faz. Contanto que seja alto o suficiente, você vai assustar os pobres velhinhos do jogo. Mesmo sendo um game com visual e gameplay retrô, a possibilidade de interagir de outras formas traz um respiro que compensa a sua simplicidade. Além de abrir precedentes para vários vídeos engraçados:

Veredito

A combinação de pixel art, músicas animadas e gameplay simples, fazem de Boo! Greedy Kid um jogo que parece recém chegado aos fliperamas da sua cidade. Mas, já que estamos em 2018, a possibilidade de uso do microfone para impactar diretamente a forma de jogar, foi uma grande e muito bem pensada adição que dá ao jogador mais de uma forma de passar pelos 100 níveis propostos. O final, irreverente e descompromissado, é igual ao seu protagonista e dá o tom geral do game. Sem dúvida, vai proporcionar umas boas horas de diversão.

Boo! Greedy Kid foi lançado no dia 22 de Fevereiro na plataforma Steam, custa apenas R$12,99 e está disponível para PC, Mac e Linux.


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Eduardo Paiva

Eduardo Paiva

Gamer desde sempre, redator desde agora. Jogou de Top Gun, Enduro e Pitfall até Dragon Age, Assassin’s Creed e GTA V. Formado em Ciência da Computação, ainda não desistiu do sonho de desenvolver seu próprio jogo e se aprofundar nesse complexo processo de criação.

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