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Super GamePower nº 50 e o Oscar dos videogames em 1997

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Abrimos o baú de relíquias do Véio para relembrar os melhores jogos de 1997, segundo a revista Super GamePower nº 50, que trazia, entre muitas novidades, o seu próprio Oscar dos videogames. Vamos relembrar?

É festa na redação

Em maio de 1998, chegava às bancas de todo o Brasil a revista Super GamePower #50. Além do número expressivo, essa edição também comemorava o aniversário de publicação da revista, uma das mais queridas pelos gamers brasileiros no começo da década de 1990.

Tudo naquela edição era especial. Logo na capa, uma ilustração do lutador Eddy Gordo anunciava a chegada de Tekken 3 ao PlayStation em meio a pré-estréia de Mortal Kombat 4, os detonados de Klonoa e Burning Rangers, e a novidades sobre 1080º Snowboarding, The King of Fighters ’97, Real Bout 2 e Red Baron II.

Além dos jogos, outras chamadas preparavam os leitores paras as novidades da edição. Entre elas, mais páginas, um especial sobre os jogos piratas e a segunda edição do Oscar do videogame, premiação que escolhia os melhores jogos e personagens do ano.

O próprio chefe já abriu o editorial em clima de festa. Segundo ele, “se você faz parte deste mundo dos alucinados por videogame, parabéns. Você fez a sua parte colocando a Super GamePower no topo das revistas de games e o Chefinho aqui, com o auxílio de sua equipe de feras, está fazendo a dele. O resultado é uma edição de arrebentar”.

Palavra do chefe

Quando o Chefe disse que a revista estava de arrebentar, ele não estava brincando. A edição nº 50 tinha arte no envelope, espaço para responder as dúvidas dos leitores, classificados, uma retrospectiva das quase 5 mil páginas publicadas até aquele momento, matéria sobre os jogos piratas, prévias de vários jogos, análises dos lançamentos, dicas, detonados, flashback, anúncios. Tudo isso com um visual incrível.

Com tanta coisa boa, uma matéria conseguia se destacar ainda mais. Escrito em letras garrafais, na página nº 10, o título dizia: “II OSCAR DO VIDEOGAME: GOLDENEYE 007 CURTE UMA DE TITANIC E LEVA OS PRINCIPAIS PRÊMIOS DO ANO”.

Com muita pompa e zoação, a revista elegeu os melhores de 1997 em diversas categorias através do voto da redação e dos leitores. Embora na maioria dos casos o escolhido tenha sido o mesmo, em outras situações as escolhas foram surpreendentes. Veja como ficou:

E o Oscar vai para…

A Super GamePower selecionou 12 categorias para premiar os melhores de 1997 na sua edição de aniversário. Entre premiações convencionais como o jogo do ano e melhor roteiro, outros eram, digamos, um pouco mais exóticos.

Na categoria de MELHOR JOGO DO ANO, o campeão, por unanimidade, foi GoldenEye 007. Nas palavras do Chefe, “não pensem que GoldenEye levou a estatueta apenas pelos atributos físicos de seu herói. O jogo é animal: muita ação, tiro e uma vilã estonteante, coroados pela potência do Nintendo 64”.

Se você ficou surpreendido por GoldenEye ter levado o prêmio, mesmo com Final Fantasy VII na disputa, o prêmio de GAME MAIS ORIGINAL não ficou atrás no quesito surpresa. Embora o escolhido da galera também tenha sido 007, a redação optou por Bust a Move, jogo de dança do PlayStation. Os redatores devem ter adorado mesmo o jogo, pois, segundo o Chefe, “o negão está dançando até agora…”

Sem receber o prêmio de melhor jogo do ano, Final Fantasy VII não passou a premiação em branco, sendo premiado com o título de MELHOR ROTEIRO por unanimidade. Outro clássico que merecia o troféu de melhor do ano, mas que teve que se contentar com outro título, foi Castlevania: Symphony of the Night, que dividiu o troféu de MELHOR FIGURINO com Samurai Shodown IV.

Astros virtuais

Os prêmios individuais também agitaram a edição. Sem maiores concorrentes, James Bond agradou público e crítica como O GOSTOSÃO de 1997. No lado feminino, contudo, Ada Wong, de Resident Evil 2, e a estonteante Lara Croft dividiram o prêmio de A MAIS SENSUAL.

Leitores e redação também não se entenderam na hora de premiar O MELHOR VILÃO e O BOM DE BRIGA. Como vilão, Sephiroth e Dr. Willy dividiram a estatueta dourada. Como brigador “a disputa estava apertada, mas o Baby chegou e, com extrema delicadeza, converteu alguns votos a favor de Strider, de Marvel Vs. Capcom”, que dividiu o prêmio com Sub-Zero, que, para os leitores, “bate mais e melhor”.

Nas escolhas seguintes, contudo, leitores e redação se entenderam. Como O PERSONAGEM MAIS ESQUISITO, venceu Oro, de Street Fighter III. E como O TRAPALHÃO, Crash, o mascote do PlayStation, foi o grande vencedor.

Lendas

Com muitas surpresas e premiações justas – outras nem tanto, é verdade –, dois personagens se consagraram de vez nesse II Oscar do Videogame promovido pela Super GamePower.

Primeiro, faturando o seu segundo prêmio na mesma categoria, está Sheeva, a bicampeão do Oscar de A MAIS FEIA dos videogames. Segundo a revista, “tá pra nascer mulher mais feia que a Sheeva, apesar de algumas se esforçarem muito. Enquanto isso, a mulher dos quatro braços continua levando estatueta pra casa!”

Para encerrar a premiação, ninguém menos do que um dos maiores mitos da história dos videogames. Desde de seus primeiros lances em gramados virtuais, o jovem artilheiro já chamava a atenção do público e da mídia especializada.

Sim, é ele mesmo. Eleito como O BOM DE BOLA em 1997, Allejo “é o melhor jogador da atualidade”. Astro de International Super Star Soccer 64 e de tantos outros títulos ao longo da história, o camisa nº 9 da seleção brasileira se consagrou de vez com o segundo Oscar dos Videogames, levando para casa mais uma estatueta do Chefe Dourado. Simplesmente um mito.

O veredito

Foram 12 prêmios para eleger os melhores de 1997 da revista Super GamePower #50. Alguns títulos extremamente merecidos e outros totalmente duvidosos. Contudo, eu gostaria de saber de você, véio leitor: Qual seria o resultado dessa premiação se você tivesse o poder de entregar o Chefe dourado?

Conta aí para a gente nos comentários. Os prêmios eram:

Melhor jogo do ano:

Game mais original:

Melhor roteiro:

Melhor figurino:

A mais sensual:

O melhor vilão:

O gostosão:

O bom de bola:

O personagem mais esquisito:

O bom de briga:

A mais feia:

O trapalhão:

 


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Ítalo Chianca

Gamer que cresceu jogando com seus irmãos, lendo revistas sobre games e frequentando as antigas locadoras de videogame, hoje divide o seu tempo livre entre as jogatinas e os textos sobre games que costuma publicar no Jogo Véio e nos seus próprios livros (Videogame Locadora, Os videogames e eu, Papo de Locadora, Game Chronicles e Gamer).

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