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Sonic The Hedgehog 2 (Master System) tem final triste, final feliz e diversão de sobra

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Nem só de Mega Drive viveu o ouriço mais rápido do mundo durante o comecinho da década de 90, meus amigos. Pra falar a verdade, os jogos do Sonic no Master System são tão bons quanto os de seu irmão mais novo Mega, mesmo seguindo uma linha um pouquinho diferente, muito por conta das suas limitações técnicas. No console de 16 bits tudo era movido pela velocidade enlouquecedora de Sonic, pelo menos durante os primeiros estágios do jogo. Rasgar os céus de Green ou Emerald Hill a trocentos quilômetros por hora exercia um efeito hipnótico na cabeça da molecada, não é verdade?

Só que no Master System as coisas eram diferentes: a velocidade era cadenciada e o estilo de jogo se assemelhava muito mais com os jogos de plataforma que já existiam naquela época, trocando o ritmo alucinado por fases em que a parede avança pra direita ou plataformas curtinhas em que você precisa calcular seus pulos, além de algumas fases com design muito bacana e que acabaram exclusivas para a galera do Master e Game Gear.

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Essa capa, além de muito bonita, mostrava que o Sonic não sabia só correr

Sonic The Hedgehog 2 foi lançado em outubro de 1992, apenas um mês antes da versão para Mega Drive, e promoveu a estreia de Miles ‘Tails’ Prower como o fiel escudeiro de Sonic. Mas, para azar da raposinha, logo em sua primeira participação na série foi vítima de um sequestro arquitetado pelo maquiavélico Ivo Robotnik, que também tratou de afanar todos os outros animais amigos de Sonic. Sem muitas opções, só restou ao ouriço partir para o ataque e tentar interromper os planos do cientista balofo.

Uma aventura diferente

O primeiro ponto que salta aos olhos aqui é uma ligeira evolução nos gráficos se comparados aos do primeiro jogo. Isso e a ausência dos malditos slowdowns, responsáveis por 50% das mortes na primeira aventura. Os cenários agora estão mais coloridos e detalhados, com direito até mesmo a uma tempestade torrencial no segundo mundo, Sky High Zone, e uma Green Hills bastante modificada e incrementada.

Nesse jogo, Sonic foi obrigado a mostrar para o mundo que além de velocista tem outros atributos atléticos desenvolvidos, já que logo de cara foi obrigado a correr pilotando um carrinho de mineração (Donkey Kong veio depois, viram?), depois teve que se virar com uma asa delta nas beiradas dos precipícios e até controlar uma imensa bolha de ar! Se faltava velocidade, o desafio compensava!

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Todos os mundos eram divididos em três atos, sendo os dois primeiros os percursos característicos da série e o último, um boss robótico, capanga de Robotnik. Dessa vez o balofo achou melhor mandar seus paus-mandados na frente, antes de ele mesmo dar a cara a tapa! Isso só acontece na batalha final do jogo, e mesmo assim só se você coletou as cinco esmeraldas do caos pelo caminho. Aliás, assim como no primeiro jogo de Master, as esmeraldas estão em locais estratégicos do cenário, sem a necessidade de encarar uma fase bônus para consegui-las. Uma pena, já que essas fases especiais eram um show a parte na versão de Mega.

Como nem tudo é perfeito nessa vida, Sonic 2 deu uma capada em alguns itens, deixando de fora o escudo e o sapato de super velocidade, que só aparece uma vez ao longo de toda a aventura (pelo menos até onde eu consigo lembrar, foi só uma vez mesmo). Não dá pra criticar mais do que isso porque nos demais aspectos o jogo funciona super bem. A trilha sonora, assinada por Masafumi Ogata, Naofumi Hataya e Tomonori Sawada (que nos créditos aparecem com os pseudônimos Gatao, Nao-chan e Dawasa, todos trocadilhos com os nomes originais) é lindíssima, com destaque para a triste melodia que embala o final ruim do jogo. Todas as músicas são bastante marcantes, mesmo sem lembrar em nada a trilha sonora do Mega Drive.

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Mas e esse papo de Final bom e Final ruim? Bem, pois é, se você conseguir coletar as seis esmeraldas que servem como o preço do resgate de Tails, você consegue chegar na última fase e derrotar Robotnik, salvar o mundo e tudo mais. Agora, se você chegar até o duelo contra o Silver Sonic sem as cinco esmeraldas (ele, quando derrotado, te entrega a sexta), aí o final do jogo é um pouquinho dramático: Sonic corre ao som de uma melodia triste durante um dia, uma tarde e uma noite, para no fim contemplar um céu estrelado com a silhueta de seu amigo. Puro eufemismo, já que Tails muito provavelmente deve ter morrido ou qualquer coisa do tipo. Chocante? Pois é!


Veja abaixo a lista de fases de Sonic 2:

  • Underground Zone: Fase que se passa em cavernas subterrâneas próximas de um vulcão. Pra te ajudar, você pode usar os carrinhos de mineração, tomando cuidado para saltar deles na hora certa.
  • Sky High Zone: Fase de subida pelas montanhas, chegando até o céu. Em alguns momentos você vai precisar voar de asa delta para passar de uma montanha a outra. Inovadora e divertida, com uma alta dosagem de adrenalina. Não por acaso, tem aquele velho esquema do “morre uma, pega duas vidas”. Você vai precisar.
  • Aqua Lake Zone: Fase aquática bem colorida, que começa na superfície e termina apavorante com o ouriço submerso, sobrevivendo com as bolhas de ar que acha pelo caminho. Não poderia faltar uma dessas!
  • Green Hills Zone: Uma espécie de releitura do primeiro mundo clássico, mas com um colorido mais forte que o original, além de ter trilha sonora completamente diferente. É a brisa antes da tempestade.
  • Gimmick Mountain Zone: Uma mistura de Scrap Brain (Sonic 1) com Metropolis (Sonic 2). Aqui, Sonic precisa se virar em uma fase totalmente metálica cheia de engenhocas e armadilhas. O nível de dificuldade do jogo começa a subir a partir desse ponto.

 

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  • Scrambled Egg Zone: Zona dos Ovos Mexidos, meus amigos. O que mais dá pra falar? É um baita de um labirinto de tubos que você muito provavelmente vai demorar pra passar de primeira. Se você tiver as seis esmeraldas, ainda tem mais uma fase pela frente. Do contrário sua aventura acaba aqui e o Tails já era.
  • Crystal Egg Zone: A verdadeira fase final, mas sem aquele jeitão pesado que toda última fase costuma ter. Aqui rola a batalha final contra o balofo do Robotnik!

Vídeos:

Sonic The Hedgehog 2 – Final ruim – (Fonte: TheBiomorph493)

Sonic The Hedgehog 2 – Longplay – (Fonte: World of Longplays)


Esse foi o nosso primeiro review de um jogo do ouriço. Teremos outros, ainda mais em ano de comemoração pelos 25 anos da série.
Escolhi começar por esse jogo em vez de seguir a ordem porque esse aqui, pra mim, foi muito marcante e traz lembranças muito fortes da minha infância, de quando meu pai ainda tinha paciência pra me ensinar a jogar! 😉


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Eidy Tasaka

Redator e diagramador freelancer, apaixonado por jogos e revistas antigas, incentivado por um pai que sempre nutriu os mesmos vícios. Fã de RPGs japoneses e jogos de plataforma, divide seu tempo entre o Jogo Véio e as poucas horas de sono que possui.

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