Com enorme variedade de armas, possibilidade de fundir as naves no multiplayer e preparar estratégias interessantes para encarar as fases, vamos relembrar Strike Gunner S.T.G., porte dos arcades que chegou ao Super Nintendo como uma ótima opção de “jogo de navinha”.
Alma de fliperama
Lançado primeiro nos arcades em 1991, pela Tecmo, Strike Gunner (S.T.G.) foi portado para o Super Nintendo, em 1992, pela Athena. O game é um tradicional jogo de navinha (shoot ‘em up) com rolagem vertical, cheio de ação, estratégia e um divertido modo multiplayer para até dois jogadores, com direito a uma interessante história.
Em S.T.G., somos apresentados a um mundo em caos e conflito. E tudo começou quando, no final do século XX, todas as nações do mundo se uniram pela paz mundial, desativando as suas instalações armamentistas e destruindo os arsenais nucleares existentes. Mas nem todos seguiram o combinado.
Na pequena nação chamada Sovinia, um ditador maluco aproveitou a situação de desarmamento e se uniu com uma força de guerra estrangeira para conquistar mundo. Os aliados da Terra tentam resistir, mas sem armas, a batalha quase destruiu o nosso planeta por completo. Mas antes que o ditador da Sovinia conseguisse o seu objetivo, os alienígenas se voltaram contra ele e partiram com tudo para conquistar a Terra.
Sem muitas opções, os rebeldes se uniram com os humanos restantes para tentar expulsar os invasores. E a única esperança para deter a extinção da raça humana está numa base secreta no coração da selva amazônica. Lá, cientistas conseguiram utilizar a tecnologia extraterrestre para criar uma nova e poderosa arma. A Strike Gunner.
Essa arma é uma poderosa nave, equipada com o que existe de mais tecnológico e letal no mundo. Com os poucos recursos restantes, no entanto, apenas duas naves são construídas.E para pilotá-las, os dois maiores pilotos do mundo são convocados: Jane Sinclair e Mark McKenzie.
Jornada estelar
No comando da nave Strike Gunner, o jogador percorre nove fases para completar o seu objetivo final de salvar a terra. Para isso, é preciso desviar de tiros, derrotar hordas de inimigos e passar por ótimas batalhas contra chefões que tomam toda a tela, como um clássico jogo do gênero deve que ser.
Existe uma boa variedade de cenários, começando na densa floresta amazônica até chegar ao confronto final no meio do espaço. Tudo isso com cenários bem detalhados e um visual caprichado, sendo, inclusive, bastante fiel a versão dos arcades — embora o Super Nintendo tenha jogos de nave muito mais bonitos. Mas vale lembrar que estamos falando de um título do começo da geração do console.
O que não passa batido, contudo, é o ritmo com que progredimos nas fases. A rolagem da tela é bastante lenta, fazendo com que cada estágio seja excessivamente longo e, algumas vezes, massante. Provavelmente essa foi uma forma encontrada pelos desenvolvedores para tornar o game mais longevo. Um pouco de velocidade a mais, contudo, tornaria a experiência de jogo muito mais cativante e frenética.
Para embalar as fases, o jogo traz uma trilha sonora frenética, com batidas alucinantes, muito sintetizador e riffs de guitarra no melhor estilo rock and roll. Infelizmente, são poucas músicas que se repetem durante o jogo. Mas algumas ficam marcadas. E isso já vale a experiência.
Fuuusão. Haa!
O grande atrativo de S.T.G. está na sua diversidade de armas e na forma como traçamos as estratégias de combate com base no arsenal disponível. Jogando sozinho, o jogador controla Jane Sinclair, na nave vermelha. A nave em si é bastante poderosa, com boa velocidade e tiros laser vermelhos que podem ganhar upgrade até a sua forma mais potente, que é um raio azul.
Além da arma principal, o jogador pode, antes de todas as nove fases, escolher uma entre 15 armas secundárias disponíveis para encarar o estágio. Cada uma dessas armas possui características próprias, que mudam a forma como encaramos os inimigos e nos comportamos no jogo.
Arsenal
Plasma Shield: escudo protetor que torna a nave do jogador invencível por 12 segundos.
Homing Missile: dois mísseis teleguiados.
Atomic Missile: um míssil que destrói tudo que toca.
Laser Cannon: tiro de laser duplo.
Megabeam Cannon: A arma mais poderosa do jogo que consome toda a barra de força com um único tiro.
AntiAir Mine: minas antiaéreas.
Sonic Wave: uma explosão que atinge os inimigos ao redor da nave.
Sonic Shooter: canhão capaz de destruir tiros inimigos mais fortes.
Spray Missile: chuva de mini mísseis aleatórios.
Photon Torpedo: torpedos de luz direcionados pelo jogador.
Comrade Fighter: mini naves que se acoplam a nave principal, aumentando o poder de fogo do jogador.
Adhesive Bomb: pequenas bombas que grudam nos inimigos e explodem.
Heavy Vulcan: tiros constantes extremamente poderosos.
Heat Arrow: tiros perseguidores que detectam o calor dos inimigos.
AutoAim Vulcan: tiros disparados em todas as direções.
As armas secundárias só podem ser usadas uma vez durante o jogo. Caso escolha a arma mais poderosa na primeira fase, por exemplo, saiba que ela não estará disponível quando você precisar na batalha final.
Cada uma delas, aliás, consome uma barra de força mostrada no canto da tela. Mas pode ficar tranquilo, pois uma pequena nave ajudante aparece na tela, vez ou outra, trazendo energia extra para a arma secundária e upgrade para o tiro convencional.
Saber escolher a arma ideal para cada fase é essencial na conclusão do jogo, principalmente nas dificuldades mais elevadas. Mas caso o jogador prefira apenas se divertir com o game, existe a possibilidade de reduzir o nível de dificuldade e começar com mais vidas. Basta ir até as opções do jogo.
Completo de possibilidades
A melhor e mais completa maneira de jogar S.T.G. é com mais um jogador. No modo multiplayer, as estratégias se tornam mais complexas e variadas, pois os jogadores dividem o mesmo arsenal.
Saber escolher bem as armas, de forma que ambos os jogadores se complementam, torna tudo mais divertido. Muitas vezes o player 1 estará com uma arma de ataque enquanto o player 2 estará fazendo cobertura com uma arma mais defensiva.
E se isso já não fosse o suficiente, ainda existe a possibilidade das duas naves se juntarem numa só. Nessa forma, os jogadores podem controlar a Superfighter, que é a forma unida das duas Strike Gunners.
Nessa forma, a união das naves é uma excelente maneira de superar os inimigos. Por exemplo: um jogador pode ativar o Plasma Shield para ambos se protegerem dos tiros inimigos enquanto o outro jogador usa uma arma de ataque para destruir tudo pelo caminho.
Mas se não existir harmonia entre os jogadores, a fusão de naves pode ser um verdadeiro caos, pois ambos podem controlar a Superfighter. Imagine só a loucura com cada um tentando colocar a nave numa direção diferente.
Diversão para todos
Divertido, principalmente no modo multiplayer, com grande variedade de armas e ótima duração, Strike Gunner S.T.G. é uma excelente opção de jogo de nave no Super Nintendo. Mesmo com a lentidão das fases e a repetição das músicas, espere por desafio na medida e uma jornada espacial de qualidade.
Dicas
Faça as dicas abaixo na tela de título do jogo. Pra que a segunda dica funcione, é preciso ter feito a primeira antes. Pra que a terceira funcione, você precisa ter feito as duas anteriores, ok?
Energy Config | Jogador 1 segura X, A, L e R; Jogador 2 segura o X e move o cursor até OPTION, aí o Jogador 1 aperta Start. |
Stage Select | Jogador 1 segura X, A, L e R; Jogador 2 move o cursor até OPTION, aí o Jogador 1 aperta Start. |
Weapon Config | Jogador 1 segura X, A, L e R; Jogador 2 segura o Y e move o cursor até OPTION, aí o Jogador 1 aperta Start. |