Acabou a Brasil Game Show 2023. Ontem (15) foi o último dia de festa, e eu saí de lá no literal apagar das luzes, após a segunda apresentação da Sonic Symphony. Aliás, que show incrível! Mas eu falo dele mais pra frente.
O evento começou na quarta (11), com o dia reservado para a imprensa. Deu pra jogar Super Mario Bros. Wonder e Prince of Persia: The Lost Crown no estande da Nintendo. Também foi fácil testar Sonic Superstars e Persona 3 Reload, meus maiores alvos da feira.
Poder conferir jogos tão grandes com dias, semanas ou meses antes do lançamento oficial é um privilégio. Nada de novo pra quem é da área, mas algo inesquecível pra quem não é. E esse é um dos pontos altos da BGS, que acontece poucas semanas depois da Tokyo Game Show e tira vantagem disso.
Poderia ser melhor? Poderia. Microsoft e Sony fizeram falta. Eu estava com água na boca, pensando que poderia ver a demo de Final Fantasy VII Rebirth. Mas isso não é culpa da BGS, claro. Ela estava lá, no lugar dela.
Os dias seguintes foram divertidos, mas os objetivos mudam. Um dia pra encontrar amigos, pra conhecer pessoas, pra dar e receber abraços. Outro pra explorar a Avenida Indie, que a cada ano parece maior e mais poderosa. Outro pra ver as atrações e convidados, com destaque para o Alexey Pajitnov, criador de Tetris. Mas também estiveram presentes Takashi Iizuka (produtor de muitas coisas, inclusive de inúmeros jogos do Sonic), Naoki ‘Yoshi-P’ Yoshida, o homem por trás de Final Fantasy XIV e XVI, e Ryota Niitsuma, que veio para representar Persona 3 Reload. Mas que eu prefiro lembrar por Marvel vs Capcom 3.
Num desses dias, já cansado e pensando em ir embora, vi o Takashi Iizuka andando pra lá e pra cá, entrando e saindo pela catraca do evento, bem pertinho de mim. Eu não disse nada, mas respirei fundo e tentei registrar aquele momento na cabeça. Eu estava vendo de perto um dos caras responsáveis por criar aquilo que eu gosto, que definiu minha carreira. Que sonho! Mas não era sonho, não! Tava ali, apressadinho, indo e voltando, sendo revistado e mostrando crachá, exatamente como eu.
Assim, os dias foram passando. Num dia eu pedi autógrafos e, inclusive, tirei fotos com o Humberto Martinez, consagrado editor de tantas revistas de videogame do Brasil. No outro, desabei no chão depois de andar mais do que podia, e fiquei só olhando aquele mar de pessoas indo pra lá e pra cá, com ídolos diferentes dos meus, com objetivos diferentes dos meus. Realizando sonhos, mas que muito provavelmente também eram diferentes dos meus.
A minha BGS foi única, porque eu vi, joguei, assisti e relatei tudo aquilo que eu queria. Mas muita coisa passou batido. E tem coisas que estavam lá e eu nem sabia do que se tratava. Acho que toda BGS foi única, porque cada um viu, jogou, assistiu e relatou aquilo que quis.
A BGS é um sandbox da vida. E a edição 2023 terminou.
Foi uma delícia. Ano que vem tem mais.
Ah! E sobre a Sonic Symphony? Incrível!
Jun (Senoue)! Jun! Jun! Jun! Jun!
Shota (Nakama)! Shota! Shota! Shota! Shota!
Dave Vives (vocalista), Louis Ochoa (baixo), Derek Dupuis (teclado) e Blaize Collard (bateria).
O que esses caras tocam, não está no gibi. O show começa na calmaria, com a Orquestra Solaris, regida por Vitor Zafer. Passeia pelos temas dos jogos clássicos e arranca lágrimas. Depois vai pra pancadaria com os temas de jogos mais novos, como Sonic Forces, Frontiers e Superstars. Coisa fina.
Que saudades de ontem!