Foi no dia 8 de março de 2016 que nós compramos o domínio e criamos as redes sociais do Jogo Véio. “Compramos” e “criamos” no plural por uma questão institucional, já que na época eu era a equipe inteira, postando reviews sem saber se haveria um retorno, por diversão.
Passados cinco anos, com uma equipe formada e muitos sonhos realizados, o que mudou? Quase tudo.
Com a criação das revistas digitais, dos podcasts e do canal, o que antes era feito sem periodicidade passou a ocupar um espaço na agenda. E se antes eu estava sozinho, hoje tenho amigos com quem divido cada pequena vitória e derrota. E já dividi uma porção de cada!
Lembro com carinho, por exemplo, da noite em que lançamos a primeira edição da revista digital Jogo Véio. Foi em 31 de dezembro de 2016, e enquanto as famílias brindavam a chegada do ano novo, nós corríamos revisando e ajustando páginas para o lançamento.
Se soltamos fogos? Claro que não – e nem recomendamos que soltem, pelo bem dos bichinhos e da boa convivência –, em vez disso brindamos a cada curtida e compartilhamento. Cada mensagem recebida era um brilhareco a mais no céu. E que fique registrado o agradecimento ao Nando Bastos e ao Ítalo Chianca, que colaboraram pra que a edição saísse tão boa quanto era possível naquele momento. Foi um aprendizado incrível!
Em 2017 nós lançamos mais um monte de revistas digitais, contando com a ajuda de toda a equipe: Fabio Zonatto, Lucas Rodrigues, Daniel Nunes, Sora Barbosa, Edu Paiva e tantos outros. Sem essa fagulha, nós não teríamos tido a coragem de arriscar lançar algo impresso.
As revistas Jogo Véio Pocket – esse nome é uma piada muito da sem graça – foram o ápice, com mais de cem páginas cada. Naquele momento, já tínhamos conquistado a amizade e a confiança de muita gente! E toda essa energia positiva nos levou muito mais alto.
Mirávamos nos gigantes da imprensa especializada em jogos, imaginando que um dia seríamos nós em uma redação, trabalhando durante o dia, sem precisar sacrificar noites de sono. Isso ainda não aconteceu, mas a gente segue perseguindo o sonho!
Com a chegada do Caio Hansen em 2018, dos podcasts e do canal no YouTube – capitaneado pelo Edu Paiva –, começamos a entender melhor o nosso papel de comunicadores. Mais e mais amigos surgiram, dos mais variados círculos, sem os vícios e as “certezas absolutas” que nos incomodavam nas rodas de conversa sobre videogames. Afinal, como levantar uma discussão em um ambiente cercado de “este é melhor que aquele e ponto”?
Assim, nos despimos da ideia de que éramos um projeto voltado apenas para o nicho retrô. Em vez disso, decidimos ampliar a conversa e trazer para perto também a galera que vivenciou videogames e acabou deixando de lado com o tempo. Ficou claro que o Jogo Véio não era mais um projeto sobre retrogaming, mas sobre tudo aquilo que nos rodeou enquanto crescíamos. E isso foi libertador!
Ainda em 2018, lançamos as primeiras edições impressas da nossa revista. Tivemos até mesmo um evento de lançamento, com o triplo de pessoas que estávamos esperando. Foi uma tarde incrível, que nós nunca vamos esquecer.
Hoje, ao todo, publicamos 19 edições impressas da nossa revista, entre títulos regulares, especiais e extras – que são exclusivos para os nossos apoiadores. Aliás, o que seríamos sem eles? Nossas campanhas de financiamento coletivo são um sucesso e nos ajudam cada vez mais, não apenas financeiramente, mas com todo o carinho e suporte que um projeto apaixonado precisa.
Obrigado, obrigado e obrigado!
Desde o começo de 2020 o mundo passa por um momento crítico, pesado e inimaginável. Mesmo com tão poucos motivos pra sorrir, nos reservamos ao direito de comemorar a marca de cinco anos de Jogo Véio. Isolados, sem a festança que a data merecia, é verdade. Mas estamos bem, nos cuidando e empenhados em proteger àqueles que amamos.
Site Jogo Véio, redes sociais, revistas digitais, podcasts, vídeos, revistas impressas. Um pouco de Eidy, de Edu, de Ítalo, Caio, Sora, Lucas, Carina, Karina, Moisés e Rodrigo, em tudo o que fazemos. E uma pitada enorme de você, que nos acompanha, que nos incentiva, que nos apoia ou que nos critica.
Em cinco anos, muita coisa mudou. A cabeça mudou. O objetivo mudou. A equipe mudou. Até o mascote mudou. E tem muito mais pra mudar!
Parabéns, Jogo Véio!