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Crash Bandicoot 4: It's About Time

Desenvolvido por:

Activision

Publicado por:

Activision

Lançado em:

02/10/2020

Gênero:

Plataforma

Jogadores:

1

Avaliação

90

Nota

Sabe aquele jogo que você simplesmente amava quando era criança e esperou por sua continuação, mas tudo o que conseguiu jogar foram spin-offs que, por mais divertidos e agradáveis que sejam, fogem à narrativa principal das raízes da franquia? Acredite, caro véio, a espera valeu a pena!

Crash Bandicoot 4: It’s About Time chegou para dar continuidade ao que o marsupial mais famoso dos videogames tem de melhor para oferecer ao seu público.

Está pensando em quebrar o porquinho e contar as moedas para ver se vale a pena adquirir o jogo? Então acompanhe esse texto e tire suas próprias conclusões.

Retomando a viagem no tempo

Como já vimos anteriormente, as viagens espaço-temporais de Crash Bandicoot 3: Warped condenaram os vilões N. Cortex, N. Tropy e Uka Uka ao esquecimento. Crash Bandicoot 4: It’s About Time veio para reaver o que o tempo havia esquecido (tanto na narrativa do jogo quanto no contexto da vida real, pois o jogo anterior a essa linha temporal foi lançado em 1998). 

De alguma forma, Uka Uka consegue abrir uma fenda no espaço-tempo, permitindo que nossos vilões escapem e perambulem livremente por diferentes realidades. Crash, Coco e seus novos amigos são portanto incumbidos de dar fim aos planos dos (não tão) temíveis vilões e fechar as fendas abertas para que a realidade não entre em colapso.

Que tal um trato nesse visual?

Não é segredo para ninguém que o surgimento de Crash Bandicoot data o ano de 1996. A arquitetura do PlayStation naquela época não permitia que os personagens fossem modelados em alta resolução. Entretanto, isso está longe de ser um problema para os consoles atuais, permitindo que tenhamos cenas em alta resolução e certos níveis de detalhamento provavelmente inimagináveis para os véios jogadores.

Jogo Véio com cara nova a gente também gosta! =D

Como se não bastasse o visual novo, o jogo ainda trás dezenas de visuais adicionais desbloqueáveis para o seu personagem. Quer jogar com o Crash pirata? Tem! Prefere a Coco vestida de unicórnio? Tem também! 

Já imaginou que algum dia jogaria com o Crash vestido de galinha?

38 fases recheadas de conteúdo exclusivo

Diferentemente de seus antecessores, Crash Bandicoot 4: It’s About Time não se conteve em trazer 25 fases espalhadas em 5 mundos diferentes. Desta vez, são 38 fases e 10 mundos!

Para navegar entre os diferentes níveis, basta finalizar a fase em que o jogador se encontra, sem preocupações em coletar caixas ou cristais. Contudo, se você gosta de uma boa jogatina, poderá conferir cada uma dessas fases várias vezes para adquirir cristais, relíquias e outros itens espalhados por aí. Cada fase possui 6 joias, dados para aquele jogador que terminar uma das missões a seguir:

  • coletar 40% das Wumpa Fruit da fase;
  • coletar 60% das Wumpa Fruit da fase;
  • coletar 80% das Wumpa Fruit da fase;
  • coletar TODAS as caixas da fase;
  • completar a fase perdendo no máximo 3 vidas;
  • achar a joia secreta que está em algum canto da fase.

Acha que é fácil completar essas tarefas? O modo de jogo N. Verted trará ainda mais desafios ao jogador. Cada fase poderá ser completada novamente neste modo, onde tudo está espelhado, a joia secreta muda de posição no mapa e cada mundo possui uma característica diferente para dificultar as coisas (ou você pensou que seria fácil?).

Nova física, novas mecânicas

Comparado aos jogos anteriores, pode-se dizer que a física do jogo sofreu um pequeno upgrade. Por mais que seja uma diferença sutil, em Crash Bandicoot 4: It’s About Time a impressão que o jogador tem em seus primeiros momentos da partida é que ele possui mais controle sob seu personagem, deixando o gameplay “mais leve” e divertido.

Sobre as mecânicas, logo na terceira fase é introduzida a busca pelas máscaras quânticas, que influenciam o modo como o jogador interage com a fase. Com estes itens sagrados, é possível controlar a interação com objetos de diferentes realidades no mesmo espaço, controlar os efeitos da força gravitacional, manipular o tempo e até mesmo ficar girando igual a um louco enquanto performa saltos com alcance extremamente longo. 

Novas mecânicas, mas o clássico continua!

Uma das maiores preocupações de um gamer das antigas é a descaracterização de seus personagens e jogos favoritos. O que é bom aos olhos de um consumidor dificilmente será alvo de customizações drásticas sem provocar ao menos uma discussão entre esse público. 

Neste caso, não podemos deixar de pontuar que embora as novas mecânicas tragam toda uma nova combinação de experiências exclusivas, a parte clássica do jogo mantém-se inalterada. Crash Bandicoot 4: It’s About Time continua sendo um jogo de plataforma sobre coletar caixas, pular em plataformas e derrotar o atrapalhado N. Cortex. Tudo o que conhecemos e amamos sobre os jogos antigos foi preservado e melhorado!

Novos personagens

Como se não bastasse toda a ação de Crash e Coco através de diferentes universos na companhia das máscaras quânticas para deter os planos dos cientistas malucos, Crash Bandicoot 4: It’s About Time trás algumas fases sinalizadas como “linha do tempo”, onde personagens conhecidos anteriormente por seu papel coadjuvante, ou até mesmo aquele vilão que ninguém dava bola, ajudarão nossos amigos a colocar o espaço-tempo novamente em ordem. E sim, você terá o controle destes personagens!

Como já exibido por publicidade anteriormente, vamos deixar esta imagem da antiga namorada do Crash e seu novo visual. E aí, prefere o look antigo ou você também é da opinião que a separação do casalzinho fez muito bem a ela? 

Tudo isso e muito mais!

São tantas as novidades e coisas boas que Crash Bandicoot 4: It’s About Time trouxeram para os videogames que apontar suas falhas torna-se uma tarefa quase impossível.

Se você é um véio que gosta de Crash Bandicoot, a aquisição deste jogo vai garantir umas boas dezenas (ou até mesmo centenas) de horas de diversão.

Mas, se você não for fã de Crash, talvez esteja na hora de dar uma chance ao nosso bandicoot favorito! Tire a poeira do PS1 e jogue um pouco. nunca é tarde para apreciar grandes clássicos da nossa infância.

Gameplay

Este review foi feito a partir da versão de PS4. A key utilizada nos foi gentilmente cedida pela assessoria de imprensa da Activision.

Picture of Lucas Rodrigues

Lucas Rodrigues

Gamer desde que tem memórias de sua infância, a paixão pelos videogames iniciou-se no Mega Drive e teve seu ápice no PS1 com os JRPGs (a franquia Final Fantasy foi a protagonista). Trabalha como analista de sistemas e designer de jogos. Possui mestrado em Imagem e Som em andamento pela Universidade Federal de São Carlos, onde desenvolve pesquisas sobre o mercado independente de jogos brasileiros. Sempre escolheu o Squirtle como pokémon inicial e possui alinhamento Neutral Good.

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