Desde o lançamento de Mônica no Castelo do Dragão (Master System, 1991), criou-se um laço poderoso entre a dentucinha mais famosa dos quadrinhos e os videogames. Somadas as versões do Master e Mega Drive, Mônica e a turma do Limoeiro estrelaram três ótimas aventuras, todas baseadas em jogos da série Wonder Boy.
Nós até falamos dos jogos na quarta edição da nossa revista digital, que você pode ler gratuitamente clicando aqui!
Quando a Mad Mimic anunciou que faria um novo jogo da Mônica, obviamente rolou um flashback violento, seguido de um suspiro de decepção ao descobrir que não se tratava de um novo título de plataforma. Mas a gente deu o braço a torcer e foi jogar Mônica e a Guarda dos Coelhos, lançado em dezembro de 2018, pra ver se rolava aquela nostalgia gostosa. Eis que a história começa:
Se você não lembra (ou é jovem demais pra ter visto), essa estrela é uma referência bem clara à Estrelinha Mágica, do filme da turminha lançado em 1988. E aí as coisas já começaram a esquentar pro nosso lado.
Minha primeira experiência com Guarda dos Coelhos foi jogando em Single Player. Diga-se de passagem, minha primeira experiência jogando um Tower Defense. E, claro, foi um completo desastre, que vou ilustrar enquanto explico as mecânicas do jogo!
Primeiros passos
Em um Tower Defense, seu objetivo é garantir que as hordas de inimigos não consigam invadir a sua torre. Para isso, você deve administrar canhões e diferentes tipos de disparos (de coelhos, claro) que servem para enfraquecer, retardar e destruir os inimigos.
Jogando sozinho, eu estava no controle de dois personagens (de um total de quinze que podem ser desbloqueados), alternando entre eles a todo momento para preparar meus canhões e deixar tudo arrumado para a chegada dos inimigos. Foi confuso, eu fiquei mega nervoso e falhei miseravelmente. Esse processo se repetiu mais duas vezes, até eu pegar o jeito da coisa!
Antes de sair atirando coelhinhos pra todo lado, você precisa abastecer o canhão com pólvora e forjar os coelhinhos pra agilizar as suas ações. Do lado dos inimigos, diferentes tipos de ataques podem ser utilizados, variando até a distância com que eles conseguem causar dano na torre. E isso é mega importante, mesmo que eu não tenha percebido de cara! Que vergonha…
Metralhadora de Coelhinhos
Passado o constrangimento inicial, percebi que sozinho eu não iria a lugar nenhum. Mesmo no controle de dois personagens, era difícil alternar entre eles e gerir a criação de recursos e o abastecimento dos canhões. Mesmo sentimento que tive jogando Overcooked, diga-se de passagem! Resolvi pedir ajuda e aí a experiência se transformou.
Jogando com duas ou mais pessoas (até um total de quatro jogadores), Guarda dos Coelhos começa a fazer muito mais sentido, mas também instiga a gritaria e o caos. Nos primeiros níveis fica super fácil atribuir funções e deixar que cada um cuide de um lado, mais ou menos como a gente fazia nos beat ‘em ups. Mas conforme a dificuldade vai escalando e as hordas começam a vir com maior frequência, bate aquele desespero de novo!
As fases são curtinhas e possuem 3 objetivos básicos: derrotar os inimigos, não levar dano e impedir que eles se aproximem dos portões. Para passar de fase, basta cumprir o primeiro objetivo.
Multi-plataforma!
Mônica e a Guarda dos Coelhos é uma versão atualizada de No Heroes Here, outro título lançado pela Mad Mimic.
Visualmente são poucas as mudanças entre um jogo e o outro, mas a presença da Mônica e do resto da turminha com certeza traz uma relevância extra. Afinal, são mais de vinte anos desde a última aventura da personagem em um console caseiro. Estávamos mesmo com saudades!
Se você está procurando um jogo para curtir com a galera em um final-de-semana, pode ir atrás sem medo. O jogo é divertido, tem mecânicas simples de aprender e desafios para quem quer completar os 100% do jogo. Rende umas boas horas de jogatina!
Mônica e a Guarda dos Coelhos está disponível para Switch, PS4, XOne e PC. Nós jogamos as versões de Switch (gentilmente cedida pela Mad Mimic) e PS4 para esta análise.
