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A Angry Mob Games, desenvolvedora de Brawlout. já está no mercado faz um tempinho, desde 2007 para ser mais preciso. Antes focada no desenvolvimento de jogos para plataformas mobile, a empresa conta com uma equipe que já trabalhou individualmente em diversos jogos AAA, tornando-os um time experiente e que desde 2009 passou a focar em seus projetos internos.

Para quem não conhece, Brawlout é um jogo de luta em arena (party fighting game, como eles mesmo chamam o jogo) para até quatro jogadores, bem nos moldes da série Super Smash Bros. da Nintendo. Então, para quem já passou tardes e tardes xingando aquele amigo que só joga com a Samus ou reclamando que foi juntado no cantinho, boas notícias: você vai se sentir em casa!

O jogo foi lançado no dia 20 de Abril de 2017 no Steam, com Acesso Antecipado (Early Access). Para quem não sabe, jogos que são lançados deste modo ainda estão em desenvolvimento, recebendo constantes patches e melhorias. Você paga pelo jogo do jeito que ele está e não precisará pagar novamente no dia que ele estiver “finalizado”. Em alguns casos, é uma jogada arriscada, mas por outro lado, permite acompanhar de perto o desenvolvimento dos jogos que chamaram a sua atenção. No caso de Brawlout, a cada nova atualização, o game fica mais perto de se tornar um competidor a altura de sua principal inspiração e uma ótima alternativa para quem não possui nenhum console da Nintendo, já que ele será lançado futuramente para PS4, Xbox One, além de figurar no próprio Nintendo Switch também.

Apresentação

O combate se desenrola com gráficos caprichados, um pouco puxados para o cartoon. Todos os personagens (que até o momento são sete), são bem diferentes entre si, tanto visualmente como em estilo de jogo. São eles:

Olaf Tyson: Uma morsa boxeadora que possui ataques de gelo, inclusive congelando os inimigos no melhor estilo Sub-Zero. Um de seus golpes lembra muito o soco carregável do Donkey Kong.

Sephi’ra: Parece uma gata. É um personagem muito ágil que ataca com suas garras, tanto das mãos quanto dos pés.

King Apu: Este macaco possui um soco poderoso, além de atacar com correntes. Possui um ótimo equilíbrio entre força e velocidade.

Chief Feathers: Este falcão tem estilo de jogo bem parecido com o Fox, possuindo inclusive um ataque a distância. Também é ágil e consegue voltar para a arena com facilidade.

Paco: O sapo mexicano que é um adepto da luta livre. Possui golpes fortes e consegue agarrar e carregar os outros personagens, que nem o DK.

Volt: Este personagem faz as vezes do Pikachu, atacando com eletricidade e suas garras. Até sua forma de voltar para a arena lembra um pouco a do ratinho amarelo.

The Drifter: Grande adição ao jogo foi a chegada deste personagem, vindo diretamente do jogo Hyper Light Drifter. Possui ataques muito rápidos com sua espada, além de possuir um escudo refletivo.

Juan: Vindo diretamente do jogo Guacamelee, este lutador veio para rivalizar com Paco, sendo outro representante da luta livre. Possui bastante força e bons golpes, sendo mais ágil do que parece. Que mais participações especiais se juntem a Juan e a The Drifter!

Como dá para perceber, eles tiveram um cuidado proposital (acredito eu) em criar personagens com o estilo de jogo bem parecido com nossos velhos conhecidos do Super Smash Bros. O que no meu ponto de vista, não é nem um pouco ruim. Faz você se sentir mais a vontade com o jogo e com os personagens, te levando a pensar quais técnicas ardilosas e irritantes que eram usadas antigamente ainda podem ser úteis aqui para sacanear os adversários.

Atualmente o jogo possui sete arenas diferentes, com mais cinco a serem implementadas em breve. Os cenários não são tão incrementados, sendo na maioria das vezes planos com algumas plataformas. Mas, são tão bonitos e bem feitos como os personagens e possuem algumas surpresas.

Dá para perceber a inspiração em Super Smash Bros. também na trilha sonora, que possui músicas eletrizantes e aceleradas para já te botar no clima das batalhas que são igualmente agitadas, ainda mais quando se joga com quatro jogadores ao mesmo tempo na tela.

Gameplay

Brawlout conseguiu recriar com maestria o combate que fez de Smash um jogo altamente competitivo. Você possui um botão de ataque e um de especial e combinando esses botões com direções variadas, você executa golpes diferentes. Além dos ataques, você pode pular e se esquivar. A novidade fica por conta da barra de fúria que vai se enchendo conforme você apanha. Quando ela estiver na metade, você pode usa-la como um combo breaker, cancelando os ataques inimigos. E quando ela estiver cheia, você ativa o modo Rage, onde seus ataques são mais fortes e lançam seus inimigos mais longe (além de ficar pulsando com uma cor avermelhada), essencial para este tipo de jogo. Um outro diferencial é que nem todos os personagens conseguem agarrar seus adversários.

Uma coisa que não pode deixar de ser comentada é que não há itens implementados no jogo ainda. Para quem é fã do gênero, sabe que boa parcela da diversão durante as batalhas é a utilização de itens a seu favor. Por enquanto, aqui você só poderá contar com suas habilidades de luta. Isso foi uma das coisas que mais senti falta enquanto testava o jogo para esse preview.

O jogo foi pensado para ser algo grande, com inúmeros modos de jogo e a atenção voltada para competições. Não vejo a hora de toda essa grandiosidade estar funcionando e ver os lobbies cheios de jogadores, mas ainda há um longo caminho pela frente. Muitas das funções ainda não foram implementadas e ao tentar jogar uma partida online, não consegui nenhuma das vezes, por falta de jogadores. Em conversa com os desenvolvedores, fui informado de que o matchmaking é por região. Cabe a nós então pessoal, levar esse jogo para frente. Os modos de jogo até agora são:

Quickplay: aqui você é levado diretamente para a tela de seleção dos personagens, podendo jogar partidas com até quatro jogadores, sejam amigos de carne e osso ou controlados pelo computador.

Single Player: nesta área fica o modo Arcade (não implementado), onde você tenta a sorte contra oponentes controlados pelo computador. Pela descrição, é uma torre onde cada andar possui um desafio diferente e seu objetivo é chegar ao topo — onde será que já vi isso antes? Há também os modos Quick Match vs CPU, Practice e Tutorial. Todos funcionais.

Online: temos por aqui 1×1, que são partidas “amistosas” contra outros jogadores aleatórios e há também partidas rankeadas onde você pode competir para ser o primeiro da sua região. Por último, você pode criar um lobby privado e chamar seus amigos para jogar diretamente da sua lista do Steam. Como disse anteriormente, não consegui jogar nenhuma partida amistosa nem rankeada, por falta de adversários disponíveis.

Por cortesia dos desenvolvedores, consegui uma segunda key do jogo para poder testá-lo com um amigo. A conexão é peer-to-peer, então depende muito da internet dos jogadores para a coisa fluir bem. Nada de jogar enquanto faz seus downloads, viu? Até agora a experiência tem sido positiva, apesar de algumas batalhas terem apresentado um lag considerável.

Tournaments: esta parte é dedicada às informações referentes aos torneios que estão acontecendo ou para acontecer. Ao clicar em algum torneio, você é direcionado para o site smash.gg, onde contêm informações mais detalhadas.

O bom é que Brawlout já possui uma comunidade dedicada e canais onde você pode encontrar jogadores para jogar, como o canal do jogo no Discord.

Veredito

Brawlout vem sendo construído com muito carinho e atenção, visando uma experiência muito fiel à sua principal influência, a série Super Smash Bros. É verdade que ainda tem um longo caminho pela frente, mas para quem sempre curtiu jogos de luta em arena, já dá para se divertir bastante!

Os gráficos bonitos, a trilha sonora animada e a participação de personagens de outros jogos demonstram a capacidade desse jogo de se tornar um marco para o gênero, só está faltando mesmo uma base mais sólida de jogadores, principalmente no Brasil.

Sem dúvida vale a pena ficar de olho em Brawlout, e para quem não quiser esperar, pode aproveitar a promoção de Natal 2017 do Steam, onde o jogo está com um desconto de 60%, saindo por R$14,79!


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Eduardo Paiva

Gamer desde sempre, redator desde agora. Jogou de Top Gun, Enduro e Pitfall até Dragon Age, Assassin’s Creed e GTA V. Formado em Ciência da Computação, ainda não desistiu do sonho de desenvolver seu próprio jogo e se aprofundar nesse complexo processo de criação.

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