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Entrevistamos a banda Tetrimino

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A nossa última entrevista aqui no Jogo Véio foi com o Anderson, do canal andersongs87, lembram? Pois então, isso acabou abrindo portas pra gente tentar entrevistar também fãs de trilhas sonora de outros lugares do mundo. Pra começar com o pé direito, nós conseguimos trocar uma ideia com o pessoal da banda Tetrimino, que faz um som muito especial ao unir trilhas sonoras de jogos com um arranjo super intimista e cheio de personalidade.

Ao longo da entrevista, deixei alguns vídeos legais que tirei direto do canal dos caras, só pra vocês ouvirem um pouquinho desse quarteto super talentoso. Não deixem de dar uma passada lá no canal deles e, principalmente, mencionar que os conheceram aqui no Jogo Véio, ok? Som na caixa!


Jogo Véio: Conta pra gente um pouquinho sobre a Tetrimino, como veio a ideia de criar uma banda para tocar OSTs de jogos e quais as suas influências musicais.

Matt: A Tetrimino é uma banda especializada apenas em arranjos de trilhas sonoras de jogos com um toque de jazz fusion, e a princípio nossos lançamentos se dão todos pelo YouTube. Nossa formação atual tem a Michaela Nachtigall no violino, o Kris Salada no piano, eu (Matt mukerjee) no baixo e o Mitchell Cairns na bateria.

tetrimino-formation-jogo-veio

Nosso trabalho é único no que diz respeito ao arranjo, gravação e tudo mais. Todo o processo é feito de maneira separada, já que nós moramos geograficamente distantes uns dos outros. Pra vocês terem uma ideia, nós quatro nunca estivemos juntos em uma mesma sala, nem tocamos nada juntos. Depois de uma colaboração bem sucedida na música ‘Kuma Kuma Circus!’ de Persona 4 Arena, Kris, Mitch e Anthony (nosso antigo baixista) decidiram prorrogar a parceria e fundaram a Tetrimino. Isso, estamos falando do final de 2012. Antes disso, todos os membros da banda já faziam seus próprios covers de Videogame Music no YouTube, cada um a sua maneira.

A Tetrimino tem influências musicais de diversos artistas, vide nossos gostos musicais: dos videogames temos Nobuo Uematsu e Yoko Shimamura; de fusion temos Hiromi e Jamiroquai; do rock progressivo tem Kansas e Dream Theater; um pouco de música clássica também. Nós tentamos mesclar todas essas influências em algo novo e único.


JV: Como a banda decide quais músicas serão gravadas e como esse processo de gravação é feito? Você já mencionou que vocês vivem distantes uns dos outros, mas seria legal entender melhor o trabalho de vocês.

Matt: Normalmente nós quatro decidimos juntos uma música que gostaríamos de tocar, a menos que alguém já tenha meia caminho andado no arranjo de alguma música em especial. Daí o Kris faz um arranjo base (geralmente um arquivo midi do piano ou da melodia do violino) e manda pra gente dar uma conferida. Nós damos as nossas sugestões de mudanças e depois eu entro com a espinha dorsal, que seria o baixo e a bateria. Nesse meio tempo, pode haver uma modificação ou outra no arranjo, enquanto a Michaela e o Kris trabalham nos solos. Depois dessa etapa, nós gravamos cada faixa de maneira individual, bem como você colocou.

A ordem de gravação é livre, mas geralmente é o Kris que grava primeiro, depois o Mitch, a Michaela e eu por último. Essa ordem costuma funcionar muito bem pra gente porque o Kris acaba criando uma linha guia pra gente seguir com o piano. A bateria do Mitch pode variar bastante no arranjo final, então é útil ter essa parte gravada antes das demais. Eu vou por último, porque vou completando alguma seção que tenha algum espaço desnecessário. Por último, Mitch e eu mixamos o áudio e lançamos o vídeo para os nossos fãs.


JV: Dá pra perceber que no meio de todo esse trabalho tem um toque especial de cada um de vocês no arranjo. Ao mesmo tempo, tudo soa bastante harmonioso, mais ou menos como se a melodia original tivesse sido composta exatamente do jeito de vocês. Vocês têm liberdade para trabalhar em cima ou tem alguém por trás pra segurar a onda e evitar que a coisa desande?

Matt: É como eu disse, nós trabalhamos de forma colaborativa no arranjo, indo e voltando pra acertar tudo. Então ao mesmo tempo em que nós estamos gravando, os trechos vão se encaixando super bem. Quando nós gravamos, nós não seguimos certinho cada arranjo que nós escrevemos. Por exemplo, o Mitch pode vir com uma ideia melhor pra bateria na hora, ou eu posso surgir do nada com um arranjo que cai melhor no contexto. Essas coisas adicionam um ‘toque pessoal’ às músicas, mas como nós trabalhamos juntos no arranjo mesmo antes de gravar, é natural que tudo soe bem sincronizado mesmo.


JV: E quais são os planos futuros da Tetrimino? Seria fantástico ver vocês tocando aqui no Brasil!

Matt: Nós temos um monte de planos novos vindo por aí, mas infelizmente ainda está um pouco cedo pra gente contar o que são. Nós esperamos tocar juntos ao vivo em um futuro próximo. Nós temos notícias excitantes pra compartilhar com todos vocês no fim de maio, então fiquem espertos. Nós temos certeza de que vocês vão curtir! Aliás, nós amaríamos tocar para nossos fãs do Brasil um dia. Por hora, conseguir um concerto dentro dos Estados Unidos é a nossa meta.


JV: Então pra fechar, deixa uma mensagem para os fãs brasileiros da banda! Vocês são os melhores!

Matt: Muito obrigado a todos os nossos fãs do Brasil! Daquilo que vimos do Brasil, vocês talvez amem música mais do que qualquer outro país no mundo, então isso automaticamente faz com que a gente vire fã de vocês também!!


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Eidy Tasaka

Redator e diagramador freelancer, apaixonado por jogos e revistas antigas, incentivado por um pai que sempre nutriu os mesmos vícios. Fã de RPGs japoneses e jogos de plataforma, divide seu tempo entre o Jogo Véio e as poucas horas de sono que possui.

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