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O Véio indica: série GDLK, da Netflix

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Muitos fãs de jogos clássicos não se contentam apenas em jogar as obras do passado que marcaram a história dos videogames.

Se você é como nós do Jogo Véio, certamente adora ler e assistir tudo sobre o seu jogo ou console favorito. Pensando em você que recomendamos a série documental GDLK, da Netflix.

GDLK?

Disponível no catálogo da Netflix desde 19 de agosto de 2020, a série GDLK (High Score nos Estados Unidos) é uma produção original e robusta, que conta detalhes da produção e do desenvolvimento de jogos que moldaram a história dos videogames.

Em cada um dos seis episódios, somos guiados, através de relatos preciosos das próprias pessoas envolvidas em grandes clássicos dos videogames, pela história por trás da produção e do desenvolvimento dos seus games. Tudo com uma riqueza de detalhes impressionante.

São tantos cuidados com os detalhes, que até a narração ficou a cargo de Charles Martinet, a voz original do Super Mario. E, para os mais atentos, não faltam referências a todo o universo dos jogos clássicos em cada episódio.

Sem querer estragar as surpresas, você vai poder conferir um caderno com os primeiros rabiscos dos inimigos de Space Invaders e até artes de fases e personagens que nunca entraram na versão final de Doom. Só para citar dois casos. 

As fases

A primeira temporada da série é dividida em seis episódios, de cerca de 40m de duração cada. Todos eles trazem alguns dos nomes mais importantes da indústria de jogos eletrônicos comentando as suas criações, mostrando rascunhos do desenvolvimento e revisitando lugares que foram determinantes para o sucesso das suas obras.

Vídeos da época, mostrando lojas, eventos e até os bastidores das empresas, tornam a narrativa ainda mais interessante. E, para completar, animações em pixel art dão vida a vários relatos importantes de cada um dos envolvidos.

GDLK – Toru Iwatani no primeiro episódio da série. Cr. Netflix © 2020

No primeiro episódio, os responsáveis pelo desenvolvimento de Space Invaders e Pac-Man mostram como criaram e transformaram as suas obras em ícones dos videogames, com diversas histórias interessantes dos bastidores e até a demonstração de documentos com rascunhos e esboços das primeiras versões.

O segundo episódio é focado nos primeiros anos da Nintendo como fabricante de arcades e consoles. Aqui, descobrimos curiosidades sobre o arcade de Donkey Kong (incluindo a batalha judicial envolvendo os direitos do King Kong), os bastidores da Nintendo of America, imagens raras do Nintendo World Championships 1990, a Power Line dos Estados Unidos e até histórias da criação da revista Nintendo Power (revista oficial da Nintendo nos EUA)

O episódio seguinte é especial para os fãs de RPGs, com detalhes das produções dos primeiros jogos do gênero para computadores, indo desde os adventures em texto, passando por Ultima e GayBlade. 

Em 16-bit

A partir do quarto episódio, os fãs da geração 16-bit podem comemorar. Logo no quarto episódio, o próprio Tom Kalinske explica como foi traçada a estratégia da Sega para lutar contra a Nintendo na famosa Guerra de Consoles. Em paralelo, conhecemos mais sobre o desenvolvimento da série MADDEN NFL e a sua importância na representatividade dos jogadores da época. 

No quinto episódio, é a vez dos jogos de luta. Nele, temos um excelente vislumbre da produção de dois dos mais icônicos jogos do gênero na história. De um lado, Street Fighter II e a popularização dos embates virtuais. Do outro, a polêmica e o sucesso estrondoso de Mortal Kombat.

No sexto e último episódio, conhecemos mais sobre os pioneiros jogos em três dimensões. Enquanto viajamos entre os EUA e o Japão para saber mais sobre a Argonaut Games e a criação de Star Fox para o Super Nintendo, a outra metade do episódio é dedicada ao desenvolvimento e influência de Wolfenstein 3D e Doom. 

Celebração a era de ouro

Bem produzido, com imagens e relatos raros de quem realmente participou da história dos videogames nos EUA e no Japão, GDLK é uma série documental recomendadíssima para quem gosta de saber mais sobre a história dos videogames e da cultura pop em geral. 

Se você acompanha o Jogo Véio, certamente irá vibrar com tantas imagens e depoimentos emocionantes sobre esse universo que tanto gostamos. Tem do primeiro boom dos fliperamas na década de 1970, passando pelo momentos de transição entre o Atari e o NES, até a chegada de novos gêneros e tecnologias.

Vale muito a pena conferir. Esse o Véio recomenda. 


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Ítalo Chianca

Gamer que cresceu jogando com seus irmãos, lendo revistas sobre games e frequentando as antigas locadoras de videogame, hoje divide o seu tempo livre entre as jogatinas e os textos sobre games que costuma publicar no Jogo Véio e nos seus próprios livros (Videogame Locadora, Os videogames e eu, Papo de Locadora, Game Chronicles e Gamer).

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