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Jogamos Ghosts ‘n Goblins Resurrection

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Jogamos Ghosts ‘n Goblins Resurrection, finalmente! Leia abaixo as nossas impressões e não deixe de conferir também o nosso review da coletânea Capcom Arcade Stadium!

O Nascimento de Um Clássico

Lançado em 1985, Ghosts ‘n Goblins é um jogo de ação e plataforma que nos apresenta a jornada de Sir Arthur contra o demônio Astaroth para resgatar sua amada, a princesa Prin Prin. O típico enredo clichê dos anos 80: o sequestro de jovens donzelas indefesas era muito comum, aparentemente.

Contudo, a trama rasa era o menos importante. O que prendia o jogador e o motivava a gastar dinheiro com fichas era estar diante de um bom jogo, com uma dose extra de desafio.

A história seguiu seu curso e, como qualquer jogo, filme ou livro de sucesso, uma continuação era inevitável. E ela chegou em 1988, com o título Ghouls ’n Ghosts, que assim como seu antecessor, trazia a dificuldade acentuada como característica mais marcante.

Já como uma série estabelecida, recebeu títulos e sequências para diversos outros consoles nas décadas de 1980, 90 e 2000: NES, Master System, Mega Drive, SNES, Game Boy Advance, WonderSwan e tantos outros.

Sir Arthur fez aparições e participações em diversos outros jogos da Capcom, como: Marvel vs. Capcom, Dead Rising 2 e Project X Zone, mostrando a importância do personagem e da franquia. Mesmo assim, um novo jogo parecia fora dos planos e um sonho distante para os fãs, já que nem mesmo rumores haviam sido publicados nos últimos anos sobre uma possível sequência.

Pegando todo mundo de surpresa, foi anunciado na Nintendo Direct de fevereiro de 2021 o lançamento de Ghosts ‘n Goblins Ressurrection, que chega com a proposta de ser uma releitura do clássico dos arcades. E o melhor: apesar de ter tecnologia moderna envolvida, a essência da série foi completamente preservada!

Modernidade na medida certa

Ghosts ‘n Goblins Ressurrection é um jogo completamente novo, mas para quem jogou qualquer título anterior da franquia, a sensação de familiaridade é quase imediata. Seja pela trilha sonora clássica, ambientação, inimigos ou mesmo por aquele pulo errado que te mata na hora. Está tudo em seu devido lugar, a jogabilidade permanece praticamente intacta.

Sir Arthur é capaz de correr, se abaixar, subir escadas, saltar e disparar nos inimigos em quatro direções: esquerda, direita, cima e baixo. Ainda não foi dessa vez que nosso cavaleiro ganhou a habilidade de atirar nas diagonais, o que facilitaria bastante o nosso progresso na aventura. Como eu disse: jogabilidade intacta, para o bem e para o mal!

O sistema de power ups permanece o mesmo dos games anteriores. Sir Arthur começa com sua armadura prateada completa, e vai perdendo partes sempre que sofre algum dano. Se estiver vestindo apenas a sua clássica samba-canção e for atingido, é uma vida a menos. Todo cuidado é pouco!

A clássica armadura dourada também está presente e pode ser encontrada em baús espalhados pelas fases. Com ela, Arthur ganha proteção extra e um boost nos disparos, mas perde os privilégios no primeiro dano que recebe. Não é um item comum, evidentemente.

Além de guardar as armaduras, os baús também podem conter itens para melhorar a pontuação, como os colares, ou diferentes tipos de armas. O arsenal de Arthur é diversificado: lança, adaga, marreta, besta, bola de detritos, tocha e disco de serra.

A escolha pela arma ideal deve ser bem pensada, pois só é possível carregar uma de cada vez e cada opção tem características diferentes sobre o trajeto do projétil, alcance e velocidade de disparo. É seu papel descobrir qual arma se encaixa melhor em seu estilo de jogo.

Como nem tudo são flores, abrir todos os baús que encontrar pelo caminho pode trazer surpresas desagradáveis. Em alguns deles, encontrei magos que me transformaram em sapo. Sim! Eu tive o trabalho de procurar por um baú, já que eles não ficam à vista na tela, para me dar mal. É uma camada adicional de desafio!

Ah! E para achar os baús, basta ficar ligado no som emitido quando você dispara em alguma parte do cenário. Sempre que tiver algo escondido, o som será diferente.

Todos os caminhos levam até Astaroth

Em Ghosts ‘n Goblins Ressurrection o objetivo é levar Sir Arthur vivo até o fim da fase, com direito a chefes poderosos! O diferencial aqui em relação a alguns jogos anteriores da franquia é que a exploração vertical em algumas fases está mais presente.

Outro ponto bastante positivo é que na tela do mapa alguns estágios iniciais permitem escolher qual rota seguir para que o jogador possa escolher um caminho “mais fácil”, ou melhor, menos difícil, de acordo com o seu estilo de gameplay.

Mas isto não é tudo! Ghosts ‘n Goblins possui uma árvore de habilidades que concede poderes especiais para Sir Arthur. Esta árvore é chamada de Umbral Tree e é “alimentada” por seres chamados Umbral Bees. Portanto, vale a pena prestar atenção em cada cantinho do cenário em busca dos pequenos seres coloridos, para acumular habilidades e tornar a vida mais tranquila nas fases finais.

Esses upgrades são bastante variados: raios, paredes de fogo, transformar os inimigos em sapos ou em pedras, etc. As árvores possuem diversos níveis, e quanto mais alto, maior é o número de Umbral Bees necessárias.

Durante as fases, as habilidades adquiridas podem ser utilizadas segurando o botão de ataque para carregar o disparo. Diferente das armas primárias, você leva consigo todos os poderes liberados na árvore, podendo selecionar entre eles através dos botões de ombro do seu joystick.

Outra adição interessante que a Capcom trouxe para Ghosts ‘n Goblins Ressurrection é o sistema interno de conquistas, os famosos troféus, que a Nintendo insiste em não trazer nativamente para o Switch. Jogadores que buscam platinar os jogos agradecem o capricho da desenvolvedora.

A vida não precisa ser tão dura

Para facilitar a jornada de Sir Arthur, Ghosts ‘n Goblins Ressurrection conta com quatro níveis de dificuldades: Legend, Knight, Squire e Page, todos disponíveis desde a primeira jogada.

Tem pra todos os gostos e a amplitude de dificuldades vai desde o insanamente difícil até o extremamente fácil. Na dificuldade Page, por exemplo, as vidas são infinitas e você consegue chegar até o final com relativa facilidade. Funciona com uma porta de entrada para quem está jogando pela primeira vez. Mesmo nas dificuldades mais elevadas, a inclusão de Checkpoints facilita um pouco o trabalho, e existem diversos deles espalhados por cada cenário.

Outra novidade interessante é a possibilidade de jogar em modo coop, onde o segundo jogador controla livremente um espectro para auxiliar Sir Arthur. O ajudante virtual pode atirar em inimigos e até mesmo construir plataformas que facilitam o trajeto. Ao todo, são três fantasmas que podem ser selecionados em tempo real pelo segundo player, utilizando os botões de ombros. Cada assombração possui características próprias e diferentes tipos de disparo.

E aí, vale a conferida?

Visualmente, Ghosts ‘n Goblins Ressurrection funciona muito bem! Trabalhar na recriação de um jogo com mais de trinta anos, propor uma roupagem atual e ainda assim parecer familiar não parece ser uma tarefa das mais fáceis.

Todos os personagens são bem desenhados, as animações são fluidas e a riqueza de detalhes impressiona. Os cenários parecem bastante vivos, movendo-se a todo momento. O ponto negativo disso é que, em raríssimos momentos, sentimos uma leve queda no frame rate. Não chegou a atrapalhar e nem prejudicou a jogatina, mas vale o registro.

A trilha sonora segue as músicas originais com novos arranjos, e elas são responsáveis por boa parte da ambientação e pela sensação de familiaridade que os jogadores veteranos sentem ao iniciar o game.

Um jogo clássico só é um clássico de verdade se você sente vontade de revisitá-lo de tempos em tempos. Por mais que Ghosts ‘n Goblins Ressurrection seja um jogo totalmente novo, não é possível desassociá-lo do game original. E sim, estamos falando de um clássico.

As adições de conquistas, modo de jogo coop e opções de dificuldade que tornam o jogo acessível a mais pessoas são bem vindas e garantem frescor ao título.

Capaz de agradar tanto jogadores veteranos como iniciantes, hardcores ou casuais, Ghosts ‘n Goblins Ressurrection apresenta uma boa experiência e é capaz de divertir por horas. Recomendamos muito!


Este review foi feito a partir da versão de Nintendo Switch. A key utilizada nos foi gentilmente cedida pela assessoria de imprensa da Capcom.


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