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Estreando a série de jogos clássicos que não saíram do Japão, eis que temos aqui Hi no Tori Houou Hen: Gaou no Bouken (algo como Pássaro de fogo: A aventura de Gaou), um jogo de plataforma que carrega todos os elementos básicos do estilo em seu DNA, mas com espaço para inovações.

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Baseado na série de mangá homônima (link em inglês) de autoria de Osamu Tezuka, Hi no Tori foi lançado pela Konami em 1987 e ficou restrito ao território nipônico, talvez por carregar traços muito fortes da cultura oriental, desde os inimigos até a trilha sonora. Naquele período, os públicos norte-americano e japonês consumiam entretenimento de maneiras muito específicas, motivo pelo qual alguns jogos eram adaptados por inteiro, desde a sua temática até a arte das capas e folhetos ilustrados. Sabe aquele Mega Man gorducho com uma arma na mão? Então, é bem isso! Enquanto o ocidente queria tiros, explosões e gráficos “realistas”, o oriente sempre preferiu roteiros mais livres e ilustrações caricatas, como é típico dos mangás e animês.

O jogo

Nosso jogo aqui é baseado no quinto volume de um total de doze (cada um com uma história diferente), e conta a história de Gaou, um homem que perdeu um braço e um olho enquanto criança em um acidente e cresceu sem conhecer coisas como o amor e o afeto. Sua vida só foi ganhar algum sentido quando adulto, depois de conhecer um monge que o ensinou a esculpir em rocha. A história parece confusa, mas a adaptação para o jogo é bastante simples: Saltar de uma plataforma para outra, derrotar inimigos que vieram diretamente do folclore japonês e usar blocos de pedra que Gaou atira para se proteger ou escalar penhascos mais altos.

Ao todo o jogo está dividido em 16 fases e em cada uma delas é possível coletar um pedaço de uma pintura para formar a Fênix. Boa parte dessas fases faz referência a outros enredos da série Hi no Tori, com cenários situados no passado e no futuro.

Para sobreviver aos desafios do jogo, Gaou pode atirar cinzéis (aquela ferramenta que é usada para apoiar o martelo na hora de esculpir) e transformar os inimigos em blocos, ou simplesmente criar blocos novos que podem ser usados como degraus para fugir. Esses blocos são limitados, mas podem ser repostos conforme coletamos o loot dos inimigos derrotados com o cinzel. Como algumas partes do jogo só podem ser ultrapassadas com a ajuda dos blocos, é melhor utilizá-los com sabedoria, já que não é possível retroceder para derrotar mais inimigos. Se ficar preso em uma parte dessas, o jeito é morrer e tentar de novo.

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As primeiras fases se passam no Japão Feudal, com direito a raposas e guaxinins atazanando por todo o percurso. Esses animais fazem parte do folclore japonês, sendo constantemente mencionados em jogos e quadrinhos por lá. Lembra de Pocky & Rocky? Pois é!

Os cenários são simples, mas bastante inspirados, assim como a trilha sonora, que é bem sugestiva. O fato de o jogo estar em japonês não interfere muito, já que se trata de um game de plataforma. Se você ainda não conhece Hi no Tori e está procurando experiências novas, essa é uma oportunidade única de conhecer um personagem “novo” e de quebra ainda ganhar um joguinho novo e viciante para zerar.

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No mesmo ano a Konami também lançou Hi no Tori: Houou Hen para MSX, mas tratava-se de um jogo completamente diferente. Em vez de apostar no gênero plataforma, a versão para computador era um shooter vertical com Gaou servindo como “nave”. Essa versão também é muito boa e vale um post no futuro!

Em uma pesquisa rápida, achei o jogo por US$20 em sites de venda internacionais. Talvez você consiga achar mais baratinho se tiver aquele amigo de fé, irmão camarada que mora no Japão. Olha aí a hora boa pra mandar aquela mensagem de “Que saudades”! =P


Vídeos

Hi no Tori – Longplay (famicom) – (Fonte: nenriki86)

https://www.youtube.com/watch?v=jOvx0vGPU3M

Hi no Tori – Stage 1 (MSX) – (Fonte: Oldskoolgamertje)

https://www.youtube.com/watch?v=RyL9_cP89QE

 


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Picture of Eidy Tasaka

Eidy Tasaka

Redator e diagramador freelancer, apaixonado por jogos e revistas antigas, incentivado por um pai que sempre nutriu os mesmos vícios. Fã de RPGs japoneses e jogos de plataforma, divide seu tempo entre o Jogo Véio e as poucas horas de sono que possui.

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