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Pokémon: Conheça a história de Rolinho, a Donphan que só queria viajar

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A franquia Pokémon está perto de completar trinta anos. São nove gerações com mais de 1000 Pokémon diferentes, além de formas regionais, versões shiny e outros adereços que conferem individualidade e personalidade às criaturinhas.

Contudo, o que a gente não costuma pensar é: o que acontece com os nossos saves antigos? E aqueles Pokémon que ficam escanteados nas boxes, sem migrar para os novos jogos ou para serviços como Pokémon Bank e Home?

Comprei um cartucho de Pokémon Ruby em pleno 2024

Ontem eu me deparei com essa situação ao receber um cartucho de Pokémon Ruby (GBA), que comprei na internet. Logo que abri o pacote, saquei meu Game Boy e fui testar para ver se estava tudo em ordem. Para a minha surpresa, o jogo tinha um save com mais de 120 horas e alguns boxes repletos de Pokémon.

Entre inúmeras formas evoluídas e básicas, um em especial me cativou: Rolinho, a Donphan. Poucos Pokémon ali tinham apelidos, mas Rolinho (que é fêmea) se destacou. E aí veio o pensamento: “Se eu deletar esse save, estarei não apenas apagando as 120 horas de trabalho árduo do dono anterior do cartucho, mas também seus companheiros”.

Angustiado, decidi dividir esse sentimento lá no Twitter do Jogo Véio. Para a minha surpresa, mais de 5000 fãs de Pokémon (até o momento) se solidarizaram e decidiram ajudar a salvar Rolinho: uns se ofereceram para ajudar com o save, outros deram ideias de como transferir o Pokémon para versões mais recentes – e um engraçadinho me mandou comprar outro cartucho, porque esse eu não deveria deletar.

Foi aí que eu lembrei que tenho um Flash Boy, um aparelhinho não-oficial que serve justamente para fazer backup dos seus cartuchos, tanto do jogo em si quanto dos saves. Afinal, estamos falando de uma mídia que sofre a ação do tempo, e de baterias que descarregam com o passar dos anos. Sem um backup desse material, seus Pokémon e tudo o que você viveu com eles vai pras cucuias!

Com cuidado, extraí o save e salvei Rolinho do esquecimento. Além disso, subi o save em servidores públicos e liberei o link (aqui) para download. Assim, treinadoras e treinadores poderiam levar a elefantinha para novas aventuras. E eu vi até que uma pessoa já colocou a bichinha no Level 100, em questão de horas!

Pokémon é coisa séria!

Em tempos de discussão sobre a importância da preservação de jogos, das mídias físicas e do protagonismo da comunidade à frente dessas questões, o caso da Rolinho pode/deve ser tratado com leveza. Mas nos faz pensar: como podemos fazer para manter os saves dos nossos cartuchos intactos contra a ação do tempo? Sem esses apetrechos criados pela comunidade, será que não vamos poder mostrar nossas capturas feitas no Game Boy / Game Boy Advance para as gerações futuras? E os outros jogos e sistemas do passado?

Eu não tenho essas respostas. Por hora, me sinto satisfeito em ver que, com a ajuda da internet, nós resgatamos uma elefantinha do limbo.


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Eidy Tasaka

Redator e diagramador freelancer, apaixonado por jogos e revistas antigas, incentivado por um pai que sempre nutriu os mesmos vícios. Fã de RPGs japoneses e jogos de plataforma, divide seu tempo entre o Jogo Véio e as poucas horas de sono que possui.

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