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Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back

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Após ter jogado o primeiro jogo da série Crash Bandicoot, é impossível não ficar com aquela sensação de “quero mais”. O jogo pode ser considerado facilmente um dos melhores games do ano de 1996 e divertiu muitos véios e véias com o desajeitado bandicoot pulando entre as plataformas no meio de florestas e pântanos, montando em javalis e caçando gemas para alcançar passagens secretas por entre as fases. No ano seguinte, Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back foi lançado para a felicidade dos gamers.

Será que o sucessor de Crash Bandicoot estaria à sua altura? 

Que tal dar uma olhada nos principais aspectos de Crash Bandicoot 2 para acompanhar nossa conclusão? 

Nova engine, novos gráficos

O segundo jogo da série, que começou a ser desenvolvido ainda em 1996, recebeu um belo tapa no visual e em sua jogabilidade. Isso se deve à game engine GOOL 2 (Game-Oriented Object LISP 2), criada pelo programador da Naughty Dog Andy Gavin. Era três vezes mais rápida que a anterior e poderia lidar com dez vezes mais polígonos, o que explica a maior fluidez no gameplay de Crash Bandicoot 2.

Alguns ambientes foram preservados pelo jogo anterior (obviamente, com suas devidas modificações e adaptações de level design), como as florestas e templos aquáticos. Além disso, fases totalmente novas podem ser exploradas pelo jogador, como as clima gélido, nos esgotos e até mesmo com Crash dando uma volta de jetpack através de uma estação espacial.

Novos personagens

A inclusão de novos personagens é notável logo ao iniciar o jogo. Acompanhando a narrativa, é possível identificar um novo cientista e uma nova bandicoot ao lado de Crash. Trata-se de, respectivamente, Dr. N. Gin e Coco Bandicoot.

Coco foi adicionada ao jogo para substituir Tawna, a namorada de Crash, que recebeu críticas da unidade japonesa da Sony por ser uma personagem com traços apelativos e vulgares para um jogo “tão inocente” quanto esse. A irmã de Crash tomou seu lugar e solidificou-se como uma das personagens principais da franquia, aparecendo novamente como personagem jogável em praticamente todos os jogos lançados após Crash Bandicoot 2.

Além dos dois personagens citados, as novas aparições neste jogo são: Tiny Tiger, Komodo Brothers e Polar.

Komodo Joe e Komodo Moe são dois dragões de komodo criados por N. Brio que acabaram ficando de fora do primeiro jogo da série, mas que aparecem na segunda boss fight de Crash Bandicoot 2. Não foram muito bem aproveitados ao longo da série, fazendo discretas aparições em Crash Bash e Crash Team Racing. Esses dois são dos poucos personagens que não possuem trocadilhos em seus nomes.

Tiny Tiger é um “tigrinho” musculoso e perverso que é desafiado por Crash em sua terceira boss fight. Também é uma das criações de N.Brio que não apareceu na primeira edição do jogo. Tiny é um personagem com o mesmo físico de Koala Kong e possui mais aparições nos jogos da série do que seu “rival de fisiculturismo”. Seu nome, como muitos outros, esconde uma certa ironia, pois “Tiny” em inglês significa “pequeno”.

Polar é um urso polar (acho que é meio óbvio, mas é sempre bom especificar) pequeno e rápido que passa a acompanhar Crash em várias aventuras a partir de Crash Bandicoot 2. Mesmo não aparecendo durante o gameplay do sucessor Crash Bandicoot 3: Warped, é possível vê-lo na abertura do jogo dentro da casa dos protagonistas, indicando que provavelmente foi adotado como mascote oficial dos Bandicoot.

N. Gin, assim como Coco, também teve sua primeira aparição para marcar uma rivalidade entre os vilões da série. Cortex, no início do jogo, sela uma aliança com ele para tentar dominar o mundo (plot clichê de cientista maluco, mas tudo bem). N. Brio, antigo assistente de Cortex, fará de tudo para estragar seus planos. Essa rivalidade revela uma nova mecânica a ser explorada durante todo o gameplay de Crash Bandicoot 2: a de coletar gemas e cristais.

Novos objetivos

O primeiro jogo da série Crash Bandicoot trazia consigo a mecânica de coletar todas as caixas de uma fase para que uma gema fosse adquirida (vale lembrar que, ao mesmo tempo, o jogador não pode morrer para que a gema seja alcançada). Todas as fases possuíam sua pedra secreta e, mesmo que fosse divertido, às vezes a busca pelos 100% do jogo se torna algo cansativo e de dificuldade extrema para os jogadores mais casuais, não levando-os a repetir o jogo outras vezes após finalizado.

Em Crash Bandicoot 2 os objetivos foram maximizados, mas simplificados. Perca quantas vidas forem necessárias enquanto busca por todas as caixas da fase para recuperar as gemas escondidas. Ao mesmo tempo, o principal objetivo do jogo é o de buscar cristais roxos. Toda fase possui o seu e você não consegue avançar no jogo se não conseguí-los. Acredite, embora haja mais objetivos no jogo, a caçada pelos cristais e gemas tornou-se muito mais fácil e divertida. 

Explorando Crash Bandicoot 2

Como mencionado anteriormente, o jogo o leva a buscar diferentes pedras para prosseguir. O game é dividido em cinco etapas, denominadas “warp rooms”, com cinco fases diferentes e um chefe em cada um. Para finalizar o jogo, basta coletar os cristais de todas as fases e derrotar os chefes. Entretanto, na cena final, Coco Bandicoot alerta seu irmão que a plataforma voadora de Cortex ainda está no céu e poderá entrar em atividade a qualquer momento.

Para derrotar completamente Cortex, é necessário trabalhar com seu antigo inimigo: Dr. N. Brio. Durante o gameplay, o cientista alerta Crash dos perigos do Cortex Vortex e diz que para derrotá-lo definitivamente, necessitará das gemas espalhadas pelas fases. Dessa forma, após finalizar o jogo pela primeira vez, ainda há muita coisa a ser feita!

Ajudar um cientista maluco não é uma ideia muito boa, mas garanto que dessa vez é melhor confiar em N. Brio. Explore todas as fases e consiga as 42 gemas para destruir completamente os planos de Cortex. A exploração das fases será mais divertida do que no jogo anterior e revelará cinco fases adicionais (DICA: procure por supostas plataformas falses para encontrar as fases secretas).

Considerações finais

A melhora das mecânicas, gráficos, trilha sonora e tantos outros pontos fez deste jogo um título que não apenas foi um sucessor à altura de um dos maiores títulos do PlayStation, mas que o superou incondicionalmente e garantiu um lugar na memória dos gamers da década de 90.

Com tantos upgrades e praticamente nenhum downgrade comparado ao seu antecessor, Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back apareceu para consagrar um novo mascote entre os personagens de videogames mais emblemáticos de todos os tempos. Considerado por alguns um herói tão importante quanto Mario e Sonic para as narrativas interativas dos jogos eletrônicos, o sucesso de seus jogos continua a perpetuar por muitos títulos.

Muitos até atribuem a este o título de “melhor da trilogia”. Qual a sua opinião, véio leitor? Deixe nos comentários o que pensa sobre Crash Bandicoot 2 e suas primeiras experiências com este jogo. 

Picture of Lucas Rodrigues

Lucas Rodrigues

Gamer desde que tem memórias de sua infância, a paixão pelos videogames iniciou-se no Mega Drive e teve seu ápice no PS1 com os JRPGs (a franquia Final Fantasy foi a protagonista). Trabalha como analista de sistemas e designer de jogos. Possui mestrado em Imagem e Som em andamento pela Universidade Federal de São Carlos, onde desenvolve pesquisas sobre o mercado independente de jogos brasileiros. Sempre escolheu o Squirtle como pokémon inicial e possui alinhamento Neutral Good.

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