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Marvel Super Heroes: War of the Gems é pancadaria no SNES

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Desenvolvido pela Capcom e lançado para Super Nintendo em 1995, Marvel Super Heroes: War of the Gems reuniu alguns dos maiores heróis dos quadrinhos em um jogo bonito, cheio de ação e extremamente desafiante, que marcou toda uma geração que sempre sonhou em ver os Vingadores juntos em outras mídias antes do sucesso recente deles no cinema.

Direto dos quadrinhos

Tudo começa quando Adam Warlock pede ajuda aos super-heróis protetores da Terra para reunir as lendárias Joias do Infinito antes que elas caiam nas mãos de Thanos, o titã louco que ameaça a paz do universo. Assim, Hulk, Homem de Ferro, Homem-Aranha, Wolverine e Capitão América aceitam o chamado e saem universo a fora em busca das tão poderosas Joias enquanto enfrentam uma verdadeira horda de inimigos.

O jogo segue o mesmo estilo de X-Men: Mutant Apocalypse, lançado um ano antes também pela Capcom, com o jogador controlando um dos cinco heróis por vez em cenários 2D no melhor estilo plataforma, mas com ênfase no combate, como se fosse um briga de rua.

Essa mistura de plataforma e briga de rua gera uma jogabilidade rápida, divertida e bastante diversificada, principalmente pelo fato de que cada personagem é único, tanto visualmente quanto na forma de controlar e agir.

Temos a lentidão para andar e a força bruta para atacar do Hulk; O salto duplo e os combos aéreos do Homem de Ferro; a extrema velocidade e agilidade do Homem Aranha; A força, a velocidade e a vasta variedade de combos de Wolverine; e o ataque a distância combinado com o poder do escudo do Capitão América.

Avante, Vingadores!

A Capcom se preocupou em tornar cada personagem único, respeitando as suas características dos quadrinhos e permitindo que o jogador pudesse escolher qualquer um deles para completar o jogo na fase que desejar.

Pois é, dessa vez temos a liberdade de escolher encarar qualquer fase, em qualquer ordem, e com qualquer personagem. Mas vale lembrar que alguns cenários foram feitos para dar vantagem a determinado personagem.

Então vale a pena ficar de olho durante a jogatina para escolher bem o seu herói. Já que o “perder” significa não contar mais com ele durante a jogatina, a menos que você encontre um item para ressuscitá-lo.

Então vale a pena ficar de olho durante a jogatina para escolher bem o seu herói. Já que o “perder” significa não contar mais com ele durante a jogatina, a menos que você encontre um item para ressuscitá-lo.

Aliás, itens estão espalhados aos montes pelo jogo. Alguns servem para recuperar o life, outros para ressuscitar um herói e há ainda as Joias do Infinito, que quando recuperadas podem trazer habilidades especiais para os personagens, além do vasto arsenal de golpes.

Porrada poderosa

Se você não jogou o título anterior dos X-Men, experimente fazer algumas combinações dignas de jogos de luta durante a jogatina e você terá alguns movimentos especiais que servem para quebrar a monotonia de um briga de rua convencional e a extrema e irritante repetição de inimigos ao longo das fases. Mas também vale lembrar que alguns comandos são bem complicados de descobrir, principalmente os dos especiais.

Infelizmente, a falta de criatividade na criação dos inimigos atrapalha um pouco a diversão de jogo. Você vai encontrar os mesmos clones de heróis em quase todas as fases. Os próprios estágios possuem pouca criatividade, resumindo-se a linhas retas com algumas entradas aqui e ali com itens escondidos ao longo dos 9 estágios.

Já o visual do jogo, ah, esse é uma maravilha. Sprites grandes e detalhados com cores que saltam aos olhos. A própria representação de cada herói e de alguns vilões famosos dos quadrinhos, como O Surfista Prateado, Doutor Destino, Black Heart e Thanos é impressionante, principalmente se levarmos em conta que estamos diante de um console de 16-bit. A trilha sonora, contudo, traz algumas boas músicas, mas nada que se destaque tanto.

Quanto a dificuldade, espere por um desafio moderado nas primeiras fases, mas que pode se tornar mais aceitável na reta final caso você faça com uso dos itens e principalmente das gemas, que podem aumentar a velocidade, o poder de ataque e até o tamanho da barra de life. Até o chefe final fica menos dureza com a gema e o personagem certo.

Ultimato na concorrência

Lançado quase no fim da vida do Super Nintendo, Marvel Super Heroes: War of the Gems foi uma excelente adição a biblioteca do 16-bit da Nintendo, que naquela época já contava com a concorrência da geração poligonal e dos arcades e os seus jogos de luta frenéticos.

E assim, com um jogo divertido, cheio de possibilidades e de referências a um dos arcos mais importantes da história dos quadrinhos da Marvel, é que Marvel Super Heroes: War of the Gems marcou seu nome entre os jogos mais queridos do nosso saudoso Super Nintendo. 

Picture of Ítalo Chianca

Ítalo Chianca

Gamer que cresceu jogando com seus irmãos, lendo revistas sobre games e frequentando as antigas locadoras de videogame, hoje divide o seu tempo livre entre as jogatinas e os textos sobre games que costuma publicar no Jogo Véio e nos seus próprios livros (Videogame Locadora, Os videogames e eu, Papo de Locadora, Game Chronicles e Gamer).

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