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X-Men: Mutant Apocalypse e a magia das HQs no Super Nintendo

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Quadrinhos, desenhos, brinquedos. Os X-Men eram uma verdadeira febre pop nos anos 90. E para completar o pacote, os mutantes da Marvel também chegaram aos videogames em novembro de 1994, no game X-Men: Mutant Apocalypse, uma produção da Capcom para Super Nintendo que seria lembrada, até hoje, como um dos melhores jogos inspirados na saga.

Direto dos quadrinhos

Em X-Men: Mutant Apocalypse controlamos cinco X-Mens enviados pelo professor Charles Xavier até a pequena nação de Genosha para libertar mutantes escravizados e aprisionados por Apocalypse sob o comando de Magneto.

Mas para isso, será preciso encarar locações adversas e uma série de inimigos, entre eles velhos conhecidos dos X-Men, como Sentinela, Tusk, Juggernaut e Omega Red. Por sorte, do lado dos heróis, temos uma ótima seleção de mutante para controlar. São eles: Ciclope, Wolverine, Psylocke, Fera e Gambit.

Poderes variados

Cada personagem possui habilidades e movimentos próprios, além de fases exclusivas durante a jogatina que fazem com que o jogador explore as características de cada um da melhor maneira possível.

Dessa forma, você é obrigado a jogar com todos os cinco X-Men nas cinco fases iniciais. Passando dessa primeira parte do jogo, você escolha o seu personagem favorito para encarar as fases finais do jeito que preferir, contribuindo para um maior fator replay e trazendo variedade para a jogatina.

Variedade, aliás, é uma das palavras que define o título.

Qualidade Capcom

X-Men: Mutant Apocalypse é uma interessante mistura de gêneros que combinados criam uma experiência bastante única para a época. De um lado, temos a ação frenética dos briga de rua, com inimigos surgindo de todos os lados e o jogador precisando reagir rapidamente a cada ação. Do outro lado, temos a progressão lateral dos jogos de plataforma, com direito a exploração do cenário e até a rotas alternativas.

E por último, temos combates um contra um e uma variedade de golpes vindas direto dos jogos de luta tradicionais, com direito a comando de hadouken e tudo para soltar poderes.

Tudo isso combinado trouxe um frescor para o game, fazendo com que ele se destacasse em meio a imensidão de jogos de plataforma 2D da geração 16-bit.

Esmero em pixels

Se tudo isso já não bastasse para tornar X-Men: Mutant Apocalypse um ótimo jogo, ainda temos aqui visuais deslumbrantes e uma trilha sonora incrível.

Cada personagem possuía animações fluídas, com sprites grandes e detalhados, tanto os heróis quanto os inimigos. Os cenários também são bem feitos, com ótimas recriações de locações já conhecidas pelos fãs dos quadrinhos.

As canções também são um show a parte, com melodias que criam o clima para a ação e encantam pela quantidade de instrumentos sintetizados. Escute só esse baixo na fase do Fera.

Arcade em casa

Ah, achou os modelos dos personagens familiares? Foi aqui que a Capcom definiu as bases para X-Men Children of Atom, sucesso dos fliperamas lançado apenas um mês depois e que logo se tornaria um das maiores franquias de luta da época.

Infelizmente, o game é bastante curto, como era de costume nos jogos de ação da época. Em algumas horas, depois de sofrer bastante, você pode termina-lo. Mas, caso precise, os passwods estão lá pra ajudar na caminhada, e vários itens também estão espalhados pelas fases, servindo para aumentar o life do personagem e trazer as tão importantes vidas extra.

Só uma dica: tente zerar sem perder nenhum personagem e veja o verdadeiro final.

Início de uma lenda

Cheio de ação, dificuldade na medida certa e tecnicamente muito a cima da média, X-Men Children of Atom é um dos melhores jogos inspirados na saga dos mutantes da Marvel e um dos títulos mais marcantes da extensa biblioteca do Super Nintendo.

Um marco do início da parceria de sucesso entre a Capcom e a Marvel que deixaria saudade nos jogadores das décadas de 1990 e 2000.

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Ítalo Chianca

Gamer que cresceu jogando com seus irmãos, lendo revistas sobre games e frequentando as antigas locadoras de videogame, hoje divide o seu tempo livre entre as jogatinas e os textos sobre games que costuma publicar no Jogo Véio e nos seus próprios livros (Videogame Locadora, Os videogames e eu, Papo de Locadora, Game Chronicles e Gamer).

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