Pesquisar
Close this search box.

Super Mario Bros, o pilar das plataformas do NES

compartilhe!

Foi em 1985 que o mundo dos games viu o surgimento de uma das suas maiores lendas. Nesse ano, a Nintendo lançou Super Mario Bros. a primeira grande aventura de Mario nas plataformas 2D que ditaria o rumo da indústria de jogos eletrônicos pelos próximos anos, consolidando a Big N como uma das maiores empresas de entretenimento do mundo e Mario, e o NES, como sinônimos de videogame.

Desbravando novos saltos

Fruto do trabalho de mentes brilhantes como Shigeru Miyamoto, Takashi Tezuka, e Koji Kondo, Super Mario Bros traz, num jogo extremamente inovador, uma aventura 2D cheia de ação, desafio e diversão.

Tudo começa quando o Reino dos Cogumelos é invadido pela trupe dos Koopa, que logo transformam todos os habitantes do reino em pedras, tijolos e plantas. Até aí, o problema não era tão sério, pois a princesa Toadstool tinha poder suficiente para desfazer a magia. Mas é aí que a coisa fica tensa, pois o rei Koopa sequestra a princesa e a mantem confinada num castelo.

Quando tudo parecia perdido, eis que surge um encanador italiano bigodudo e de barriga saliente chamado Mario, disposto a encarar uma jornada por todo o reino para salvar a princesa e acabar com a maldição que assola o reino dos cogumelos.

Simplicidade sofisticada

Uma premissa simples, é verdade. Mas a forma como essa história é apresentada é o que a tornava única.

São cenários cheios de detalhes que reutilizam sprites para criar composições distintas, como as nuvens e plantas. São cores vivas que chamam a atenção de quem joga, mesmo com a limitação do console. Inimigos carismáticos e muito bem animados.

Tem também um personagem que já possuía muita relevância no cenário e que encontra aqui a sua verdadeira forma. Uma música eletrizante e que não sai da cabeça, mesmo mais de 30 anos depois. E, claro, uma jogabilidade inovadora, que trazia diversos movimentos (como correr, pular, nadar), novas habilidades (como atirar bolas de fogo, crescer comendo cogumelos e ficar temporariamente invencível) e diversos momentos que exigiam muita destreza nos comandos.

Jornada do encanador

O objetivo do jogo é simples. Percorrer a fase de uma ponta a outra até alcançar o mastro no final. Mas é a jornada que leva até esse objetivo que chamava a atenção.

Cada objeto no cenário, obstáculo, inimigo ou item, estava pensado de uma forma que fizesse sentido no estágio, exigindo uma determinada ação do jogador para superá-la.

E as exigências são gradativas. Começando da necessidade de saltar sobe um inimigo, passando pela precisão de pulos em plataformas em movimento, até a agilidade de desviar de objetos enquanto salta sobe a lava e alcança o machado que destrói a ponte que o chefão está em cima.

O reino

Ao todo, são 8 mundos, divididos em quatro fases cada, e que podem ser explorados sozinho ou com um amigo como player 2. Esse amigo assume o controle de Luigi, irmão de Mario.

Cada mundo conta com uma temática própria, e cada fase possui desafios e trechos únicos. A quarta fase de cada mundo, por exemplo, é onde fica o desafio contra o rei Koopa, no seu castelo.

Contudo, logo descobrimos que os primeiros Koopa são falsos e que a princesa está sempre no castelo seguinte, até chegarmos ao oitavo e último castelo guardado pelo verdadeiro vilão. É uma aventura, curta em tempo, mas eterna em relevância.

Salto eterno

Foi em Super Mario Bros que muitas das principais convenções dos videogames foram estabelecidas e foi nele também que vimos a consolidação do gênero plataforma como predominante durante as gerações 8 e 16-bit.

Fora que quase tudo que vimos nesse jogo de 1985 serviu de base para a criação de uma mitologia que transformaria a Nintendo em uma das maiores empresas de jogos eletrônicos do mundo.

Super Mario Bros rapidamente se tornou um fenômeno nos anos 80, vendendo mais de 40 milhões de cópias, transformando o NES num sonho de consumo para a garotada, ajudando a tirar o mercado da lama e entrando de vez para a história como um dos mais importantes games de todos os tempos. Um verdadeiro ícone. Um clássico.

Picture of Ítalo Chianca

Ítalo Chianca

Gamer que cresceu jogando com seus irmãos, lendo revistas sobre games e frequentando as antigas locadoras de videogame, hoje divide o seu tempo livre entre as jogatinas e os textos sobre games que costuma publicar no Jogo Véio e nos seus próprios livros (Videogame Locadora, Os videogames e eu, Papo de Locadora, Game Chronicles e Gamer).

Veja também

Espaço da Velharada